Um estudo clínico para provar a eficácia de uma inovadora vacina feita com as próprias células do doente para tratar o glioblastoma, um tumor cerebral muito comum e agressivo, começou no Reino Unido, informou a "BBC" nesta segunda-feira.
De acordo com a emissora pública, o ator britânico Robert Demeger, de 62 anos e que foi diagnosticado este ano com o câncer, é a primeira pessoa na Europa a se submeter ao experimento no hospital King's College de Londres, ao mesmo tempo em que são desenvolvidos outros 50 testes em centros de pesquisa em saúde dos Estados Unidos.
A vacina é desenhada de forma personalizada para o paciente e seu objetivo é "ensinar o sistema imunológico do corpo a lutar contra as células tumorais", segundo a BBC.
Demeger, ator de teatro, teve que abandonar seu papel na obra "Otelo" no Teatro Nacional britânico ao receber o diagnóstico e logo depois fez a cirurgia para a retirada do tumor.
Depois da retirada o tumor foi incubado em um laboratório junto com células dendríticas (tipo de células especializadas características do sistema imunológico dos mamíferos) extraídas do próprio sangue do ator.
A vacina resultante foi injetada no braço, para que o composto ensine as outras células do sistema imunológico a destruir o tumor, explicou a "BBC".
Demeger, que receberá 10 doses da vacina em um período de dez anos, faz parte de um estudo com 300 pacientes, dos quais a metade receberá placebo.
O glioblastoma afeta cerca de 1.500 pessoas por ano no Reino Unido e a média de sobrevivência é de 12 a 18 meses.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura