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Nova Iorque (AE/AP) – Mais de 160 chefes de Estado e de governo participam a partir de hoje, em Nova Iorque, de uma cúpula que será a maior reunião de líderes mundiais da história. Se eles chegarão a alguma conclusão relevante é algo que ainda não se sabe. Os resultados do encontro, que vai até sexta-feira, poderão não estar à altura da pompa envolvida.

Ontem os 191 países da Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram o documento que os líderes mundiais assinarão na cúpula. O texto, de 35 páginas, tem o objetivo de mobilizar o mundo para o combate à pobreza e lançar a reforma da ONU. Mas, para chegar ao consenso, boa parte da linguagem mais ousada do texto teve de ficar de fora.

Em vez do roteiro de reformas sugerido pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, diplomatas dizem que seus líderes aprovarão um documento diluído, do qual as idéias mais importantes foram removidas ou deixadas para mais tarde.

Uma definição clara do que constitui terrorismo e detalhes sobre como reformar a Comissão de Direitos Humanos da ONU, hoje desacreditada, não constarão do texto. Esforços para modernizar a burocracia da organização foram diluídos, e a questão da proliferação de armas nucleares provavelmente sequer será citada. Tudo bem diferente da previsão de Annan que esperava, ao convocar os líderes do mundo para a cúpula, conseguir fazer passar uma ampla lista de reformas da ONU e focalizar a atenção nas Metas do Milênio para redução da pobreza e das doenças até 2015.

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