Começou o primeiro grande teste eleitoral para a presidente Cristina Kirchner, da Argentina, candidata à reeleição. O país realiza neste domingo (14), pela primeira vez, eleições primárias internas, obrigatórias e simultâneas que vão legitimar as candidaturas a presidente e vice-presidente para as eleições que serão realizadas no dia 23 de outubro. Também serão legitimados os candidatos a governador e vice em quatro províncias, além de 130 deputados federais e 24 senadores.

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A cada dois anos, a Câmara renova a metade de suas cadeiras, e o senado elege terço de seus representantes. As eleições começaram às 8 horas (de Brasília) e vão terminar às 18 horas. Os primeiros resultados começarão a ser divulgados às 21 horas, segundo informou o ministro do Interior, Florencio Randazzo. Para ser legitimado, o candidato tem que conseguir 1,5% dos votos válidos em sua categoria no distrito eleitoral ao qual pertence. Quase 29 milhões de argentinos estão aptos a votar.

Na Argentina, a média histórica de participação dos votantes das últimas eleições é de 75% do total de cidadãos inscritos, conforme dados da Câmara Nacional Eleitoral, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com projeções do organismo, cada partido teria que obter cerca de 300 mil votos, nesse domingo, para ter o direito de concorrer às eleições gerais de outubro.

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As pesquisas de intenção de voto realizadas por todas as consultorias locais apontam a presidente Cristina Kirchner (peronista da Frente pela Vitória/FPV, sublegenda do Partido Justicialista/PJ), como a favorita nas eleições, com entre 36,8% a 41% dos votos. No segundo lugar das pesquisas aparece o deputado da União Cívica Radical (UCR), Ricardo Alfonsín, social-democrata com a sublegenda União pelo Desenvolvimento Social. Alfonsín teria entre 17,5% a 19,6%. O terceiro colocado é ex-presidente Eduardo Duhalde, peronista dissidente, da agrupação União Popular, que teria entre 12,7% a 14,3%. O governador de San Luis, Alberto Rodríguez Saá (outro peronista dissidente, do Compromisso Federal), também candidato a presidente, teria entre 6,2% a 7,2%.