Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Negociações

“Começamos a explorar as possibilidades de cooperação com Trump”, diz premiê da Groenlândia

O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede (Foto: EFE/EPA/MADS CLAUS RASMUSSEN)

Ouça este conteúdo

O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, disse nesta segunda-feira (13) que está aberto a buscar uma maior cooperação com os Estados Unidos, cujo presidente eleito, Donald Trump, propôs há uma semana adquirir o território que está sob soberania da Dinamarca.

“Temos que negociar com os EUA. Iniciamos um diálogo e começamos a explorar as possibilidades de cooperação com Trump”, disse Egede em entrevista coletiva na capital do território, Nuuk, de acordo com a televisão pública local KNR.

Egede mencionou o setor de mineração como um setor óbvio para a cooperação, considerando o rico subsolo do território, e sobre uma maior colaboração em defesa, disse que havia um “diálogo” em andamento, sem entrar em detalhes.

Os EUA têm uma base no norte da ilha sob um amplo acordo de defesa com a Dinamarca, assinado há sete décadas, que inclui a possibilidade de uma maior presença militar americana.

Trump declarou na semana passada que não descartava o uso da força ou de sanções econômicas para assumir o controle da Groenlândia, uma declaração posteriormente relativizada por seu futuro vice-presidente, J.D. Vance neste domingo (12).

“É importante que não haja conflito militar. Foi preocupante ouvir isso pela primeira vez, mas o vice-presidente [Vance] declarou neste domingo que não há interesse em usar armas”, disse Egede, que reiterou que cabe aos groenlandeses decidir seu futuro.

Egede se recusou a especular sobre uma data da possível independência da Dinamarca e rejeitou qualquer cooperação com a Rússia.

A Groenlândia tem 2 milhões de quilômetros quadrados (80% dos quais cobertos por gelo) e uma população de apenas 56 mil habitantes que tem desfrutado desde 2009 de um novo status, que reconhece o direito à autodeterminação.

A maioria dos partidos e a população defendem a separação da Dinamarca, mas metade do orçamento do território depende da ajuda anual de Copenhague e as tentativas de aumentar a receita de suas riquezas minerais e petrolíferas fracassaram até agora devido às dificuldades e ao alto custo de extração.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.