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Mulher faz foto em frente a instalação com balões luminosos que lembra os 25 anos da queda do muro | Fabrizio Bensch/Reuters
Mulher faz foto em frente a instalação com balões luminosos que lembra os 25 anos da queda do muro| Foto: Fabrizio Bensch/Reuters

A capital alemã festeja no domingo (9) um quarto de século da queda do Muro de Berlim, mas as comemorações já começaram. Exposições e concertos acontecem até domingo, culminando em uma grande festa na Portão de Brandeburgo, símbolo da união da Alemanha, onde um coral vai cantar Hino à Alegria, de Beethoven. Os festejos também incluem a reabertura do Memorial do Muro de Berlim e um concerto especial da Filarmônica de Berlim.

O acontecimento mais esperado para recordar o 9 de novembro de 1989 será a chamada "fronteira luminosa", formada por 8 mil balões, fará o traçado original do Muro. Eles serão acendidos nesta sexta-feira (7), formando um muro de luzes e no domingo serão soltos no ar, representando a queda.

Os residentes e turistas - são esperadas duas milhões de pessoas - poderão fazer visitas guiadas em alemão e inglês organizadas em locais emblemáticos de Berlim, relatando a história do Muro que partiu a capital, e simbolicamente o mundo, no dia 13 de agosto de 1961. Telões gigantes foram instalados para mostrar imagens da época.

Outros verão desde o céu os festejos, graças a voos panorâmicos oferecidos pela companhia Air Berlin. Mikhail Gorbachov, um dos grandes responsáveis pela queda do Muro, será o protagonista dos atos hoje. O ex-líder soviético vai inaugurar uma exposição junto ao famoso Check-point Charlie de Berlim e participará em diversos eventos até domingo.

A jovem orquestra da União Europeia (UE) fará concertos no sábado, no local onde ainda há fragmentos do Muro, enquanto nas proximidades da porta de Brandeburgo será inaugurada uma exposição sobre a história alemã.

No domingo se espera visitantes do mundo todo para uma jornada de comemorações. Haverá concertos de estrelas alemãs e internacionais, como o cantor britânico Peter Gabriel e a orquestra de Staatskapelle, dirigida pelo argentino Daniel Barenboim.

A chanceler Angela Merkel, nascida na ex-República Democrática da Alemanha e primeira mulher a governar o país, vai inaugurar a ampliação do espaço central que recorda o Muro, na emblemática Bernauerstrasse e pronunciará um discurso.

No domingo à noite, Merkel deve assistir a um concerto na Konzerthaus com líderes políticos contemporâneos e da época da Guerra Fria, como Mikael Gorbachev; o ex-presidente da Polônia Lech Walesa; o presidente alemão Joachim Gaück, e o presidente do Parlemento Europeu Martin Schulz, entre outros.

Greve de trens

Mas nem tudo é festa na Alemanha, já que o país enfrenta a mais longa greve de trens da história do país, que tem prejudicando o tráfico em muitas cidades, principalmente em Berlim, onde apenas um terço dos trens estavam funcionando na quinta-feira.

A greve atingiu o transporte regional e do subúrbio, provocando a ira dos passageiros. O movimento começou em setembro e sua duração preocupa o governo alemão, já que os conflitos sociais são raros no país.

Os grevistas pedem aumento salarial e a diminuição da jornada de trabalho. A paralisação deve continuar até segunda-feira, mas a direção da companhia ferroviária do país, Deusche Bahn, anunciou que entrou com um pedido na Justiça para acabar com a greve antes.

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