Buenos Aires As principais associações de comerciantes da Venezuela afirmaram ontem que seus integrantes estão dispostos a assumir o prejuízo que representa vender alimentos como carne e frango a preços fixados pelas autoridades do país. Um dia depois de ter ameaçado nacionalizar supermercados e frigoríficos que não respeitem os preços estabelecidos pelo governo, o presidente Hugo Chávez redobrou sua ofensiva contra os comerciantes. "Está sendo redigida uma lei para sancionar quem estocar alimentos e especular com os preços. Nessa mesma lei incluiremos a possibilidade de nacionalização de supermercados e frigoríficos, afirmou o presidente venezuelano, que defendeu, ainda, a aceleração do processo de reforma agrária.
As acusações do presidente foram recebidas com cautela por associações como a Consecomércio, uma das mais importantes do país. De acordo com o diretor da organização, Noel Álvarez, o preço da carne estabelecido pelo governo "está abaixo do preço do mercado".
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