O comitê de direitos humanos da Assembleia Geral da ONU criticou na sexta-feira o Irã pela violenta repressão a manifestantes depois da eleição presidencial de junho, que a oposição diz ter sido fraudada.

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O embaixador iraniano na ONU, Mohammad Khazaee, queixou-se duramente da resolução apresentada pelo Canadá, dizendo que ela cria "uma atmosfera de confronto e polarização".

A resolução, que não acarreta punições, foi aprovada por 74 a 48 votos, com 59 abstenções. Por margens muito mais amplas, o comitê já havia aprovado na quinta-feira resoluções semelhantes condenando a Coreia do Norte e Mianmar.

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A resolução sobre o Irã "expressa profunda preocupação com as sérias violações em curso e recorrentes dos direitos humanos" e "uma particular preocupação com a reação do governo da República Islâmica do Irã depois da eleição presidencial de 12 de junho de 2009, e a concorrente ascensão das violações dos direitos humanos."

Entre tais violações, a resolução cita "o assédio, intimidação e perseguição, inclusive por meio de prisão arbitrária, detenção e desaparecimento, de membros da oposição, jornalistas e outros representantes da mídia, blogueiros, advogados, clérigos, defensores dos direitos humanos (e) estudantes", o que teria resultado em "numerosas mortes e ferimentos".

A resolução aponta ainda relatos de "confissões forçadas e abusos de prisioneiros, incluindo... estupros e tortura".

O Irã começou a executar pessoas ligadas aos distúrbios pós-eleitorais. Líderes da oposição dizem que houve fraude para assegurar a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

A Arábia Saudita, que acusa o Irã de apoiar rebeldes xiitas no vizinho Iêmen, votou a favor da resolução, ao contrário da maioria das nações islâmicas.

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