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Enquanto persiste a crise política em Honduras, provocada pelo golpe de Estado que derrubou o presidente Manuel Zelaya em 28 de junho passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que uma missão do Conselho de Direitos Humanos chega ao país neste domingo (18). A visita, com duração prevista de 21 dias, tem o objetivo de investigar denúncias de violação aos direitos humanos nos últimos três meses, desde que os golpistas liderados por Roberto Micheletti assumiram o poder em Honduras.

Na sexta-feira (16), depois de um dia inteiro de reuniões, representantes do presidente Zelaya e do grupo de golpistas não chegaram a um acordo sobre a crise política no país. Segundo a vice-chanceler do governo golpista, Marta Alvarado, dos oito pontos em negociação, só falta consenso em relação ao mais importante: a restituição de Zelaya presidência de Honduras. Roberto Micheletti se opõe ao retorno do presidente deposto, mantendo o impasse.

Zelaya quer que seu retorno tenha por base o Acordo de San José, como foi proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Árias, indicado como mediador da crise. O acordo prevê a volta de Zelaya ao cargo com a aprovação do Congresso hondurenho. Já o governo golpista quer que a palavra final seja dada pela Suprema Corte.

O representante do governo deposto e secretário de Turismo durante a gestão de Zelaya, Ricardo Martinez, disse na sexta-feira (16) que ainda acredita no diálogo entre os dois lados. Como não chegaram a um consenso, ficou definido que neste sábado (17) haverá conversas extraoficiais entre os dois grupos. Eles também devem voltar mesa de negociações para uma nova rodada de reuniões na próxima segunda-feira (19).

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