• Carregando...
Ursula von der Leyen no Palácio do Planalto, em junho de 2023
Ursula von der Leyen no Palácio do Planalto, em junho de 2023| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A Comissão Europeia prevê apresentar nas próximas semanas uma proposta que visa reduzir a carga administrativa dos agricultores, uma das reivindicações levantadas pelo setor agrícola, segundo anunciou nesta quinta-feira (1º) a presidente da instituição, Ursula von der Leyen.

“Sou sensível ao pedido de redução da carga administrativa”, disse Von der Leyen em uma coletiva de imprensa ao final de uma cúpula europeia, na qual se referiu a muitas das questões que preocupam os agricultores.

Von der Leyen explicou que o Executivo comunitário vai trabalhar com a Bélgica, que atualmente detém a presidência do Conselho da UE, para apresentar uma proposta para reduzir a carga burocrática do setor.

Embora não estivesse na agenda da cúpula europeia, os protestos das últimas semanas, e em particular o vivido nesta quinta-feira em Bruxelas, onde mais de 1,3 mil tratores bloquearam a capital belga, levaram finalmente as autoridades europeias a abordar a situação do campo europeu.

Nesse sentido, Von der Leyen frisou o “papel essencial” desempenhado pelos agricultores.

“Um papel essencial na sociedade e na economia europeias, ao contribuir para a segurança alimentar e ser fundamental para garantir a utilização sustentável dos recursos naturais”, considerou.

“É correto dizer que demonstraram resiliência face à crise, mas permanecem alguns desafios como os preços agro-alimentares, a competitividade nos mercados globais e a flutuação que acarreta incertezas”, indicou.

Além disso, lembrou que a UE atribui um terço do seu orçamento total à Política Agrícola Comum (quase 390 bilhões de euros) e que só em 2023 também concedeu cerca de 500 milhões de euros em ajuda excepcional para ajudar os produtores mais afetados pela crise.

Von der Leyen também falou sobre as queixas dos agricultores em relação acordos comerciais com países terceiros, que permitem a importação de produtos que não cumprem os mesmos padrões elevados da UE, como seria o caso de um eventual pacto com o Mercosul.

"É claro que os interesses legítimos devem ser defendidos nas negociações comerciais, em particular para garantir um equilíbrio", destacou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]