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Venezuela

Comissão Europeia condena prisão de europeus acusados de tramar plano para matar Maduro

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, empunha a espada de Simón Bolívar durante ato chavista em Caracas em 28 de agosto (Foto: EFE/Miguel Gutiérrez)

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A Comissão Europeia afirmou nesta segunda-feira (16) que a prisão de dois espanhóis e um tcheco por autoridades da Venezuela é "lamentável" e que está acompanhando a situação com "preocupação".

"É lamentável que o regime venezuelano tenha prendido cidadãos europeus", disse o porta-voz das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Peter Stano, em entrevista coletiva diária.

O porta-voz afirmou que a Comissão se solidariza com Espanha e República Tcheca, mas ressaltou que é "responsabilidade" consular de ambos os países lidar com a situação que afeta seus cidadãos: os espanhóis Andrés Martínez Adasme e José María Basoa Valdovinos e o tcheco Jan Darmovrzal.

Além deles, a ditadura da Venezuela também prendeu três americanos, todos acusados de supostas "atividades subversivas" e tentativa de assassinato de representantes públicos, incluindo o ditador, Nicolás Maduro.

Após essas acusações, a Espanha, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, negou neste domingo (15) que esteja envolvida em uma "operação de desestabilização política" na Venezuela e "rejeitou categoricamente qualquer insinuação" nesse sentido.

A República Tcheca enviou nesta segunda-feira uma nota diplomática a Caracas pedindo informações sobre a prisão de Darmovrzal.

Nesse contexto, Stano reiterou o pedido da União Europeia às autoridades venezuelanas para que "respeitem os direitos humanos e ponham fim às prisões arbitrárias, não apenas de cidadãos europeus, mas também de membros da oposição, ativistas e jornalistas".

Essas declarações foram feitas depois que o alto representante da UE para Relações Exteriores, Josep Borrell, disse neste domingo, em entrevista à emissora de televisão espanhola Telecinco, que o regime de Maduro é "ditatorial e autoritário".

"Não vamos nos enganar sobre a natureza das coisas. A Venezuela convocou eleições, mas não era uma democracia antes e muito menos depois", frisou Borrell.

O chefe da diplomacia europeia fez alusão ao exílio do candidato presidencial opositor Edmundo González Urrutia, que está na Espanha, onde pediu asilo político, e também às "mil limitações" às quais os partidos políticos estão sujeitos e ao fato de que sete milhões de venezuelanos fugiram de seu país.

"Como chamar tudo isso? Bem, é claro que se trata de um regime ditatorial, autoritário, ditatorial", afirmou.

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