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A Comissão Europeia recomendou nesta quarta-feira (8) que o Conselho Europeu inicie as negociações para que ocorra a adesão da Ucrânia, Moldávia e Bósnia-Herzegovina na União Europeia (UE). Além disso, a Comissão recomendou que que seja concedido à Geórgia o estatuto de país candidato para entrar no bloco europeu.
A recomendação é um marco importante na aproximação da Ucrânia com o Ocidente, um objetivo que o país persegue há mais de uma década. Os ucranianos solicitaram formalmente a adesão à UE em fevereiro de 2022, mesmo mês em que começou a invasão russa ao seu território.
A UE aceitou a candidatura ucraniana em junho do mesmo ano, mas as negociações ainda não haviam começado. Agora, a Comissão Europeia sugere que elas se iniciem em 2024, desde que sejam cumpridas “uma série de condições”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que "hoje é um dia histórico, porque hoje a Comissão recomenda que o Conselho abra as negociações de adesão com a Ucrânia e com a Moldávia". Ela afirmou que a UE apoia a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2014, quando Moscou anexou ilegalmente a Crimeia.
Von der Leyen acrescentou ainda que a Comissão recomenda também a abertura de negociações para a entrada da Bósnia-Herzegovina no bloco europeu "assim que for alcançado o grau necessário de cumprimento dos critérios de adesão".
A Ucrânia tem como meta integrar-se também à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar do Ocidente. Em 2019, o país incluiu em sua constituição o objetivo de aderir à UE e à OTAN. No entanto, o processo de adesão à UE é longo e complexo, e depende da aprovação de todos os Estados-membros. Além disso, a Ucrânia terá que implementar uma série de reformas políticas, econômicas e sociais para se adequar aos padrões europeus, reformas que em parte já estão ocorrendo.
A recomendação foi celebrada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um “reconhecimento dos esforços” do seu país para se aproximar da União Europeia. Zelensky afirmou que a decisão da Comissão Europeia é “correta” e “histórica” e que a Ucrânia “está pronta para cumprir os critérios exigidos pelo bloco”. (Com Agência EFE)