A Comissão Eleitoral da Tailândia decidiu que o Partido do Poder Popular (PPP), que controla o governo, cometeu fraude eleitoral e deve ser dissolvido, complicando ainda mais a crise política no país. O secretário-geral da Comissão, Suthiphon Thawichaikan, disse que o órgão "votou unanimemente pela dissolução do partido. O caso agora segue para o Gabinete da Advocacia Geral, que determina se submete a questão à Corte Constitucional do país, para uma decisão final.
A decisão responde às denúncias de fraude eleitoral contra o partido durante a eleição de dezembro, na qual o PPP conquistou a maioria das cadeiras no Parlamento. O partido posteriormente formou um governo liderado pelo primeiro-ministro Samak Sundaravej. A medida deve intensificar a pressão sobre Samak, o líder de 73 anos que até agora tem resistido aos milhares de manifestantes de oposição que pedem sua renúncia. Eles acusam-no de corrupção e de ser manipulado pelo ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado em 2006.
A onda de protestos contra o governo agravou-se nesta terça-feira (2), com a morte de pelo menos um manifestante na capital, Bangcoc. Outras 43 pessoas ficaram feridas. As autoridades decretaram estado de emergência na cidade, o que confere às Forças Armadas, responsáveis pela destituição de Shinawatra, o poder de interferir para restabelecer a ordem. Coréia do Sul, Cingapura e outros países emitiram alertas para que seus cidadão evitem viajar para a Tailândia.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião