A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta quarta-feira a criação de uma comissão para estudar a reforma da educação chilena. Ela será composta porpesquisadores, reitores, prefeitos, educadores eestudantes, que terão três meses para entregar um relatório com sugestões para melhorar a qualidade do ensino no país.
A medida tem como objetivo pôr fim a três semanas de manifestações promovidas por milhares de secundaristas e universitários em protesto contra o baixo nível do ensino que recebem.
Segundo Bachelet, 12 estudantes - seis secundaristas e seis universitários - integrarão a comissão. O número é muito inferior ao exigido pela direção do movimento estudantil chileno, que reagiu com cautela ao anúncio da medida. Pela proposta, apenas 17% dos membros da comissão serão representantes do universo estudantil.
- Os estudantes secundaristas sabem que têm a porta aberta para participar deste conselho e espero que o integrem em breve - disse Bachelet. - Espero que toda a energia demonstrada nos últimos dias para denunciar problemas também possa ser usada no debate de propostas visando a solução das questões.
O ministro da Educação, Martín Zilic, já havia descartado, anteriormente, a exigência dos estudantes, que queriam representar "50% mais um" dos integrantes da comissão, além de auxiliar a nomeação dos demais membros.
- Creio que é um pouco demais - disse Zilic.
Os estudantes devem se reunir na quinta-feira para debater a oferta.
- As seis vagas cumprem relativamente as expectativas. O que não nos satisfaz é a baixa participação dos demais setores sociais - disse Juan Herrera, porta-voz do movimento estudantil.