• Carregando...

Enquanto 40 presos seguem em greve de fome para protestar contra sua detenção indefinida na Base Naval de Guantánamo, em Cuba, a alta comissária para Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, pediu nesta sexta-feira (5) que os Estados Unidos fechem a prisão. No local, estão 166 suspeitos de terrorismo, dos quais apenas nove foram formalmente acusados ou condenados. Para Navi, a greve de fome era um "ato desesperado", mas pouco surpreendente. Alguns perderam tanto peso que estão sendo obrigados a ingerir nutrientes de maneira líquida.

"Devemos ser claros sobre isso: os Estados Unidos violam claramente não só seus próprios compromissos, mas também as leis internacionais", afirmou Navi em um comunicado.

A alta comissária da ONU disse ainda estar "profundamente desapontada com o governo americano" por ainda não ter fechado Guantánamo. E lembra que "metade dos 166 detidos já foram autorizados a voltar aos seus países de origem ou a outras nações para reassentamento". Mas eles continuam presos.

O presidente americano, Barack Obama, prometeu há quatro anos fechar a polêmica prisão, aberta em janeiro de 2002, durante o mandato de George W. Bush - que pretendia manter presos homens capturados durante operações antiterrorismo depois dos ataques de 11 de setembro do ano anterior. "Como um primeiro passo, aqueles que foram absolvidos devem ser libertados", disse Navi.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]