Genebra A Organização das Nações Unidas (ONU) quer uma investigação internacional e independente sobre as mortes de civis ocorridas na cidade de Qana, no Líbano. A alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Louise Arbour, condenou os ataques e alertou que Israel deve respeitar o princípio da proporcionalidade em suas ações militares.
No domingo, as ações do Exército israelense deixaram mais de 50 mortos na cidade do sul do Líbano, entre elas pelo menos 37 crianças. As imagens dos pequenos corpos sobre os escombros, ampliaram a oposição internacional à ofensiva israelense.
As autoridades militares de Israel anunciaram que uma investigação seria realizada diante das mortes de civis. Mas Arbour acredita que isso não é suficiente. "Para estabelecer os fatos e realizar uma análise legal e imparcial das persistentes alegações de violações do direito humanitário internacional durante este conflito, a alta comissária aponta a necessidade de investigações independentes", afirma um comunicado da ONU. "Para que isso (investigação independente) seja garantido, ela pede o envolvimento ativo de especialistas internacionais nas investigações", completa o comunicado.
No Conselho de Segurança da ONU, no domingo, uma resolução foi aprovada em relação a Qana. Mas diante da recusa norte-americana em aceitar um texto que condenasse o ataque, o órgão das Nações Unidas apenas "deplorou" as mortes de civis.
Sem um sinal verde do governo dos Estados Unidos, a alta comissária da ONU foi além do Conselho de Segurança e condenou os ataques. "Condeno firmemente a morte de dezenas de civis, entre eles uma alta proporção de crianças", disse. Arbour pediu, mais uma vez, que tanto o Hezbollah como Israel "respeitem suas obrigações no direito internacional e que tomem todas as medidas para efetivamente proteger civis".
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