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Kim Jong-un (centro), filho do ex-ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, e membros do Partido Comunista e militares prestam condolências em velório do líder morto no fim de semana | KCNA/AFP
Kim Jong-un (centro), filho do ex-ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, e membros do Partido Comunista e militares prestam condolências em velório do líder morto no fim de semana| Foto: KCNA/AFP

Comunismo

Ministro brasileiro apoia nota do PC do B que elogia ditador

Depois de o PC do B emitir uma nota de pesar pela morte do ditador da Coreia do Norte Kim Jong-il, ontem foi a vez do ministro do Esporte, o comunista Aldo Rebelo, sair em defesa do partido e do "camarada" coreano. Aldo é o único representante do PC do B na Esplanada dos Ministérios e disse que concorda com o partido.

Segundo a nota divulgada pela legenda, o ditador norte-coreano, morto no sábado, promoveu "a paz e a amizade". Segundo o ministro comunista, há no Brasil uma "mania de censurar" até lamentos pela morte de pessoas.

Kim Jong-il foi o comandante de uma das ditaduras mais isoladas no planeta. Ficou no poder por 17 anos, após seu pai comandar a Coreia do Norte por mais 46. Após sua morte, aparentemente por ataque cardíaco, o poder foi passado a seu filho Kim Jong-un.

Na nota de pesar, o PC do B afirmou que o ditador "manteve bem altas as bandeiras da luta anti-imperialista, a construção de um Estado e de uma economia socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares".

Folhapress

Um comitê formado por militares e políticos deve governar a Coreia do Norte até que Kim Jong-un, sucessor do ditador Kim Jong-il – morto de enfarte no último sábado – assuma formalmente o poder.

A informação se baseia em informes da inteligência sul-coreana e foi divulgada ontem pelo parlamentar da Coreia do Sul Kwon Young-se.

Ele afirmou ainda que embora o processo de sucessão já esteja em andamento é impossível saber quando Jong-un – cuja idade estimada é entre 28 e 30 anos – efetivamente assumirá o poder.

Em 1994, quando Kim Il-sung morreu, a Coreia do Norte passou por um período de três anos de luto oficial antes que Jong-il assumisse o cargo.

No período atual de transição, o poder da dinastia Kim deve ser sustentado por Kyung-hee, irmã de Jong-il, que é general de Exército e alta liderança do Partido dos Trabalhadores, e seu marido, Jang Song-taek, vice presidente da poderosa Comissão Nacional de Defesa.

A inteligência sul-coreana teria descoberto ainda que oficiais do comando das Forças Armadas juraram lealdade a Jong-un e que forças de segurança receberam reforços nas principais cidades.

A mídia estatal norte-coreana afirmou, por sua vez, que Jong-un já tem "completo controle sobre os militares’’. Analistas acreditam que ele tenha dado ordens para que oficiais e praças abandonem exercícios e voltem aos quartéis para evitar possíveis deserções em caso de tumultos.

A imprensa oficial também afirmou que mais de 5 milhões de pessoas já se dirigiram a monumentos e praças da capital Pyong­­yang para prestar homenagens a Jong-il desde o anúncio de sua morte. O enterro deve acontecer entre os dias 28 e 29.

No lado sul-coreano da fronteira militarizada, ativistas lançaram balões com panfletos contrários ao sistema de sucessão do vizinho comunista. Alguns deles tinham a foto do cadáver do ditador líbio Muamar Kadafi.

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