O Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU insistiu nesta segunda-feira (06) para que a China cesse imediatamente as violações dos direitos humanos na região de Xinjiang, onde reside a minoria muçulmana uigur.
Várias organizações independentes de direitos humanos e o próprio Escritório dos Direitos Humanos da ONU investigaram e corroboraram abusos sistemáticos do Estado chinês contra os uigures nos últimos anos.
Em relação às minorias, o órgão da ONU pede também à China para que tome as medidas necessárias para impedir que os pastores nômades, incluindo os de origem tibetana, continuem sendo realojados e deixem as suas terras ancestrais.
Pede também para que outros residentes rurais não sejam obrigados a participar em programas de mudança para outras zonas do campo.
O Comitê exige que o governo chinês reforce a sua luta contra a corrupção e proporcione canais para que testemunhas, ativistas e outros possam apresentar denúncias sobre corrupção.
A entidade, que avaliou a situação dos direitos econômicos, sociais e culturais na China e em outros países na sua última sessão em Genebra, emitiu nesta segunda-feira as suas conclusões e recomendações, incluindo - no caso da China - um apelo à proibição de medidas como o trabalho forçado.
Nesta linha, recomenda o desmantelamento de todas as instalações que possam ser utilizadas para este fim, sejam públicas ou privadas, incluindo as que possam existir em nível local, e a libertação de todas as pessoas submetidas a esta condição.
- Fome, espancamento e propaganda comunista 24×7: uigures relatam terror na China
- Grupo de 50 países pede respostas à China sobre violação de direitos dos uigures
- Relatório da ONU aponta violações dos direitos humanos em Xinjiang, mas não fala em genocídio
- A ONU tem a chance de mostrar o genocídio dos uigures na China. Terá coragem?