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Genebra – Um dias depois de o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, confirmar a existência de prisões secretas ocupadas por suspeitos de terrorismo, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) voltou a pedir acesso a essas detenções.

O grupo terá acesso, nos próximos dias, a 14 homens, entre eles o suposto mentor intelectual dos atentados de 11 de setembro, transferidos para Guantánamo (mantida pelos EUA em Cuba), onde devem ser julgados por tribunais militares, informa a porta-voz do grupo, Antonella Notari. Mas não há abertura para visitação às prisões secretas.

Bush reconheceu pela primeira vez que os 14 prisioneiros que serão julgados permaneceram detidos em prisões secretas no exterior.

O CICV afirma não estar surpreso com essas revelações e destacou que as autoridades norte-americanas nunca negaram a existência de tais prisões. "Pedimos durante muito tempo que nos notificasse sobre tais prisões e que nos dessem acesso aos detentos", acrescentou Notari.

O CICV, guardião das Convenções de Genebra, é a única organização internacional autorizada a entrar na base de Guantánamo, mas não pode divulgar os relatórios de suas visitas. Segundo os termos das Convenções Genebra, todo detento tem o direito a uma definição clara de seu status de prisão. "Em Guantánamo, isto não acontece", disse Notari.

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