Representantes da polícia e do governo britânico reuniram-se nesta segunda-feira, na cidade mineira de Gonzaga, com os pais do brasileiro Jean Charles de Menezes. No dia 22 de julho, o eletricista foi executado a tiros pela Scotland Yard, que o confundiu com um terrorista, no metrô de Londres. Segundo o jornal "Daily Mail", o subcomissário adjunto da Polícia Metropolitana de Londres John Yates, aproveitaria a ocasião para oferecer uma indenização preliminar de "vários milhares de libras" à família.
Participaram do encontro o subcomissário John Yates, o embaixador britânico Peter Collecott, o pai de Jean, Matozinhos da Silva, a mãe e o irmão do eletricista.
Na saída da reunião, que durou pouco menos de uma hora, o embaixador Collecott recusou-se a confirmar a oferta de compensação, muito menos comentar um possível valor. Ele disse que a decisão em torno da divulgação deste tipo de dado cabe à família de Jean Charles, a quem o diplomata apresentou um pedido formal de desculpas.
Em uma entrevista coletiva, os britânicos disseram que consideraram o encontro amistoso e que ficaram emocionados com a paciência e dignidade da família Jean Charles.
Os pais e o irmão do eletricista mineiro deixaram a reunião sem falar com os jornalistas.
A comitiva britânica chegou no fim de semana a Minas Gerais e rumou nesta segunda-feira para Gonzaga - cidade natal do eletricista, onde ele foi sepultado na sexta-feira.
A oferta de indenização, de caráter totalmente voluntário, não afetaria a compensação final que a Scotland Yard pode ser obrigada pela Justiça a pagar pelo erro que custou a vida do eletricista brasileiro, de 27 anos. Especialistas jurídicos calculam que essa indenização final possa chegar a US$ 1 milhão.
O agente que efetuou os oito disparos que mataram Jean Charles está de férias por decisão do chefe da Polícia Metropolitana, Ian Blair.
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