Enquanto os resultados ainda apontam Joe Biden como o vencedor da última eleição presidencial. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a afirmar que houve "fraude" no pleito e busca confirmar isso na justiça americana.
Trump precisaria reverter o resultado em uma série de estados para se reeleger.
São muitos os processos que estão sendo movidos. Aqui você encontrará um resumo dos principais.
A matéria será atualizada conforme saírem as decisões da justiça.
Estados em disputa
Trump venceu um processo no tribunal de apelações na Pensilvânia, na última quinta-feira (12), que pedia o bloqueio de votos enviados pelo correio de qualquer pessoa que não apresentasse a identificação correta até o prazo de 9 de novembro.
Essa data é determinada pela lei estadual, mas havia sido alterada pela Secretaria de Estado, Kathy Boockvar, por conta de extensão do prazo para recebimento dos votos por correio. A juíza Mary H. Leavitt determinou que Boockvar não tinha poderes legais para fazer essa mudança.
Não se sabe exatamente quantos votos vão deixar de ser contados por causa dessa medida, mas as autoridades do estado afirmam que são cerca de 2,1 mil só na Filadélfia.
O consultor jurídico-chefe da campanha de Trump, Matt Morgan, afirmou que os processos pendentes por si só não influenciam o resultado da eleição, mas cumulativamente podem reduzir a vantagem de Biden para menos de 0,5%. Isso forçaria uma recontagem automática de acordo com as leis do estado. Atualmente Biden lidera por mais de 60 mil votos.
Há também um processo em nível federal que pede o bloqueio da certificação da contagem por conta das alegações de que os fiscais de urna republicanos não podiam se aproximar o suficiente das urnas para verificar se as cédulas estavam sendo contadas de maneira adequada. A campanha de Trump pede uma recontagem de maneira "apropriada".
De todos os estados em que há pendências judiciais, Michigan é o mais difícil de reverter. Biden lidera sobre Trump com uma diferença de quase 147 mil votos. Mesmo assim uma série de questões foram levantadas no estado.
No condado de Detroit-Wayne, por exemplo, uma série de cartazes foram colocados nos vidros do local de votação enquanto os trabalhadores contavam os votos. Republicanos afirmam que isso os impedia de fiscalizar a apuração.
A queixa afirma que devido a isso muitos votos foram computados ilegalmente, desde cédulas múltiplas, a pessoas que faleceram ou se mudaram, ou que foram entregues por "coletores de votos".
Também um processo movido pela campanha de Trump inclui 100 testemunhas juramentadas que afirmam terem visto irregularidades, que incluem exemplos como: ver cerca de 50 cédulas sendo alimentadas várias vezes em um scanner de votação; ver cédulas provisórias colocadas em uma caixa de apuração; e ver cédulas recebidas após o dia da eleição sendo retroagidas e contadas.
Este é o único estado do litígio que Trump não ganhou em 2016, e perde com uma margem pequena em 2020 (cerca de 33 mil votos).
Nesse estado a campanha de Trump alega que pelo menos 3 mil pessoas que já se mudaram do estado votaram ali, e pede que se abra um inquérito para investigar o caso.
A American Civil Liberties Union de Nevada respondeu que alguns dos nomes em questão são de membros das forças armadas que atualmente vivem fora do estado.
Uma nova ação movida por um grupo de eleitores requer uma ordem judicial para que Trump “seja declarado o vencedor da eleição em Nevada” ou, alternativamente, que os resultados no estado sejam anulados e nenhum vencedor seja certificado lá.
Segundo a mídia americana, o processo alega, sem fornecer evidências, que "fraude e abuso tornam ilegítimos os resultados das eleições em Nevada".
Dan Kulin, porta-voz do Departamento Eleitoral do Condado de Clark, afirmou que o processo parece estar "repetindo alegações errôneas feitas por partidários sem conhecimento de primeira mão dos fatos".
Aqui Biden vence por cerca de 14 mil votos. O Secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger anunciou uma recontagem manual das cédulas.
A recontagem deve ser encerrada em 20 de novembro. Trump acusa o estado, contudo, de não estar permitindo a realização da fiscalização das assinaturas dos envelopes por parte dos observadores republicanos.
Os condados de Rock e Milwaukee estão passando por um escrutínio nesse estado.
O presidente da Assembleia Estadual, Robin Vos, pediu uma investigação sobre as cédulas por correio de Milwaukee que não haviam sido relatadas até as 4 da manhã de 4 de novembro, 21 horas após a abertura das urnas.
O responsável pela apuração no condado, George Christenson, negou quaisquer problemas.
A campanha de Trump retirou um processo no Arizona que alegava que os eleitores do Arizona "rejeitaram incorretamente" os votos depositados pessoalmente no dia da eleição. Biden lidera no estado por cerca de 11 mil votos.
Aparentemente, os democratas venceram no estado que é tradicionalmente republicano.
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