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Paris – Um grupo de jovens armados e encapuzados atacou três ônibus nos subúrbios de Paris, ontem, forçando os passageiros a deixar o veículo e colocando fogo em seguida. A série de ataques – em Bagnolet, Montreuil e Essonne – fez crescer o temor de que o país volte a enfrentar a onda de violência desencadeada há exatamente um ano, em Clichy-sous-Bois, nordeste de Paris. Na ocasião, as mortes de dois adolescentes de origem árabe fez eclodir tumultos que duraram três semanas.

O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, expressou sua indignação com o ato de violência. "Não podemos aceitar o inaceitável. Os eventos recentes em algumas áreas merecem uma resposta imediata’’, afirmou.

Os motoristas de ônibus estão com medo de trabalhar porque sabem que podem sofrer ataques caso se recusem a entrar em certas regiões. Foi essa a origem dos conflitos registrados ontem.

Dominique Planchon, porta-voz da polícia, estabeleceu conexão direta entre os ataques e os tumultos do ano passado. "Imaginamos que a violência está ligada ao primeiro aniversário dos ataques de 2005, e, naturalmente, tememos pelo que possa ocorrer amanhã (hoje)’’, disse Planchon.

A extensão do vandalismo vem aumentando gradativamente nos últimos dias. No domingo, em plena luz do dia, um ônibus foi atacado na periferia sul da capital francesa.

A inabilidade da França de lidar com as minorias imigrantes e a recente violência contra a polícia se tornaram questões políticas importantes. A segurança nos subúrbios deve ser um dos principais temas da eleição presidencial de 2007. O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, disputa a indicação pelo partido conservador com promessas de linha-dura contra o crime.

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