Um rastro de destruição. Esse é o resultado da passagem do furacão Irma pela região do Caribe e do estado da Flórida, nos Estados Unidos, desde a quarta-feira (6). Mais de 30 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. O governo americano deu ordem de evacuação das residências para mais de 6,3 milhões de moradores, incluindo brasileiros que estão na área. Pelo menos 4 milhões de pessoas estão sem água e eletricidade por causa do fenômeno, que na manhã desta segunda-feira (11) havia retornado à categoria 1.
Confira quatro respostas sobre o maior desastre natural em território americano:
1 – Como são definidas as categorias dos furacões?
De acordo com o Centro Nacional de Furacões, a força desses fenômenos é classificada pelos meteorologistas em cinco categorias, conforme o dano provocado por cada uma. Na categoria 1, a velocidade do vento varia de 119 km/ h a 153 km/h, o que pode causar danos em casas e derrubar árvores. Inundações também podem ocorrer em áreas mais baixas.
Na categoria 2, a velocidade dos ventos costuma variar entre 154 km/h e 177 km/h. Podem ocorrer danos de médio porte – há força suficiente para arrancar árvores, telhados de casas e estourar janelas.
Na categoria 3, os ventos apresentam velocidade entre 178 km/h e 209 km/h. É a condição propícia para fortes tempestades, estragos e mortes na região habitada. Quando um furacão está enquadrado nesta categoria, é recomendada a retirada de moradores de locais por onde o fenômeno vai passar.
Já um furacão na categoria 4 tem ventos de 210 km/h a 249 km/ h. Habitantes da região afetada precisam ser retirados com urgência, já que casas e até prédios podem ser derrubados com urgência. Também há risco de enchentes.
Furacões na categoria 5, por sua vez, são considerados raridade pelos meteorologistas. Fenômenos deste tipo podem destruir o que estiver pelo caminho. A velocidade dos ventos, neste caso, é superior a 249 km/ h, o que também torna obrigatória a evacuação da área a ser atingida. Áreas próximas da costa podem ser invadidas em até 10 quilômetros pelo mar.
2 - Como é escolhido o nome de cada furacão?
Quem escolhe o nome dos furacões é a Organização Meteorológica Mundial (OMM), na Suíça, órgão que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Há uma lista com 21 nomes selecionados previamente, enviados por entidades oficiais regionais. Esta relação alterna nomes masculinos e femininos por ordem alfabética.
Embora uma nova lista seja criada a cada seis anos, um grupo de membros da organização avalia os fenômenos registrados e acrescenta mais nomes para substituir os que foram arquivados por terem causados grandes tragédias. É o caso, por exemplo, do furacão Katrina, que atingiu Nova Orleans, em 2005. A OMM acredita que voltar a usar esse nome poderia causar confusão junto à população.
3 – O que aconteceu com os brasileiros que estão nas áreas atingidas?
O governo brasileiro vai enviar na terça-feira (12) um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), para retirar 32 cidadãos brasileiros que estão na ilha de Saint Martin. Ao todo, 65 cidadãos do país que estão no Caribe são monitorados pelo Ministério das Relações Exteriores.
Os brasileiros sob atenção consular estão localizados nas Ilhas Virgens Britânicas (22 pessoas), em Turks e Caicos (11) e na ilha de Saint Martin (32), território de 87 km quadrados que pertence parte à França e parte à Holanda e que foi um dos mais devastados pelo Irma. Estas pessoas foram deslocadas para abrigos, como a maioria das populações locais —as administrações das ilhas não fazem distinção entre locais e turistas ao prestar socorro. Alguns brasileiros também já teriam sido incluídos em planos de remoção executados por França e Holanda.
Na Flórida, onde se estima viverem entre 300 mil e 350 mil brasileiros, além dos turistas, o consulado em Miami foi fechado e temporariamente realocado para Orlando, onde funciona em regime de força-tarefa.
4 – Já há uma estimativa dos prejuízos provocados pelo Irma nos Estados Unidos?
Segundo a agência Chuck Watson, especialista em desastres naturais, os prejuízos provocados pelo Irma podem chegar a US$ 200 bilhões no estado da Flórida. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou estado de "grande desastre" na região, disponibilizando ajuda federal às pessoas afetadas em nove municípios já atingidos pela tempestade.
A ajuda federal inclui habitação temporária e reparos no imóvel, empréstimos de baixo custo para perdas de bens não segurados e outros programas para ajudar pessoas e empresários a se recuperar em Charlotte, Collier, Hillsborough, Lee, Manatee, Miami-Dade, Monroe, Pinellas, e Sarasota. O financiamento federal também está disponível para governos e organizações sem fins lucrativos para emergências em todos os 67 municípios da Flórida. Nos primeiros 30 dias, esse dinheiro cobrirá 100% dos custos de algumas respostas de emergência.
Um relatório da CoreLogic, empresa de dados de propriedade global, descobriu que quase 455.000 casas de Tampa Bay - próximo local para onde o fenômeno Irma deve se direcionar - poderiam ser danificadas com a chegada de tempestade. Reconstruir essas casas poderia custar US$ 81 bilhões.
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