Mais de 7,4 milhões de chilenos participaram do plebiscito, no domingo (25), que marcou o início do processo de redação de uma nova Constituição do Chile. Esta foi a eleição com maior participação absoluta na história do país, superando os 50% de comparecimento de eleitores habilitados – número importante, pois no Chile o voto não é obrigatório.
O que esperar desse novo capítulo da história do nosso vizinho sul-americano e como isso vai será o processo?
Como será o processo de criação da nova Constituição do Chile
Você deve se lembrar dos protestos no Chile em 2019. Eles começaram por conta do aumento na tarifa do metrô e logo se transformaram em uma revolta generalizada contra a classe política.
Para tentar contornar a situação e acalmar os ânimos, o presidente chileno Sebastian Piñera propôs a realização de um plebiscito para saber se o país criaria ou não uma nova Constituição, o que aconteceu no domingo (25). Os chilenos aprovaram a nova Carta Magna com mais de 80% de aprovação.
As principais queixas dos chilenos com a Constituição vigente é que ela é uma herança da ditadura de Augusto Pinochet e impede algumas das reformas que a população pede.
Quem vai participar da nova assembleia constituinte
A assembleia será formada por 155 cidadãos chilenos eleitos pelo voto popular exclusivamente para essa tarefa, a votação acontecerá em abril de 2021.
Uma das novidades é que haverá uma paridade na composição da constituinte: ou seja, o mesmo número de homens e mulheres. É a primeira vez na história que isso acontece. Também vai existir uma representação indígena no grupo, mas ainda não foi decidido quantas vagas serão.
Esse grupo terá até um ano para redigir esse texto. Para serem aprovadas, as votações dentro da assembleia precisarão da aprovação de dois terços dos próprios membros.
Com a Constituição finalizada, um novo plebiscito popular será feito, para aprovar o texto. Neste momento, o voto será obrigatório.
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