Em cima de um palanque, Rafael Correa dança, canta e exibe vitalidade. O presidente equatoriano não faz promessas em sua campanha pela reeleição. Ele vai muito além delas.
Com as bravatas que lhe são características, Correa fala à multidão entusiasmada, em um bairro no norte de Quito, dos cerca de 8 mil quilômetros de estrada que foram melhoradas e das escolas e dos hospitais construídos nos seis anos de seu governo.
Odiado pelos defensores das liberdades civis e do livre mercado e amado pelos novos beneficiários da ação do Estado nos últimos anos, o economista de esquerda de 48 anos é o favorito para vencer a eleição presidencial hoje no Equador.
O apoio a Correa baseia-se nas camadas mais pobres da população e na classe média baixa. Em 2010, esses estratos representavam respectivamente 37% e 40% da população equatoriana, segundo dados do Banco Mundial. Correa, no entanto, não considera esse apoio como favas contadas Todos os sábados e também algumas noites durante a semana , Correa usa as ondas do rádio e na televisão para divulgar sua "revolução cidadã" e cutucar verbalmente seus inimigos "oligarcas".