Um juiz dos Estados Unidos decidiu que a American Airlines, controlada pela AMR, e a United Continental devem ser julgadas por reivindicações relacionadas aos ataques de 11 de setembro de 2001, que destruíram as torres do World Trade Center, em Nova York. A informação consta de documentos judiciais.
Em julho de 2001, dois meses antes dos ataques, a World Trade Center Properties (WTCP) comprou arrendamentos de 99 anos para quatro prédios do World Trade Center da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, por US$ 2,8 bilhões.
No processo contra United Airlines e American Airlines, a WTCP alega que, se não fosse pela negligência das companhias aéreas, "os terroristas não teriam embarcado, sequestrado as aeronaves e atirado os aviões contra as Torres Gêmeas" em 11 de setembro de 2001, de acordo com documento do tribunal de Nova York.
A empresa alega danos de US$ 8,4 bilhões causados pelas companhias aéreas, que seria o custo estimado para a reposição das torres.
O juiz Alvin Hellerstein limitou o valor da propriedade destruída em US$ 2,8 bilhões, preço pago pela WTCP pelos arrendamentos.
Os réus negaram a acusação de negligência e disseram que o caso não deve ir a julgamento porque a WTCP recuperou US$ 4,1 bilhões das companhias de seguros.
Hellerstein afirmou que, nesta etapa, não poderia determinar razoavelmente se a alegação dos réus sobre as coberturas das seguradoras recebidas pela WTCP cobriram os danos que a empresa busca receber das companhias aéreas.