Os jornalistas da rede "MSNBC" Mika Brzezinsk e Joe Scarborough rebateram nesta sexta-feira (30) os ataques pessoais feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acirraram a tensão entre a Casa Branca e a imprensa.
Durante o programa "Morning Joe", os jornalistas afirmaram que o comportamento de Trump é "assustador e muito triste para os Estados Unidos", e que o país "não está bem".
"Nós estamos OK. O país não está", afirmou o âncora Scarborough.
Nesta quinta (29), após Mika dizer que Trump estava mentindo sobre uma reportagem do "New York Times", o presidente norte-americano chamou a jornalista de "louca" e disse que ela "sangrava horrores" por causa de uma plástica no rosto durante a época do Réveillon, quando ele se recusou a dar uma entrevista aos jornalistas.
O ataque a Brzezinski foi considerado sexista e comparado ao feito por Trump durante a campanha eleitoral contra a ex-âncora da Fox News Megyn Kelly. Após um debate mediado por Kelly, ele sugeriu que a jornalista teria o confrontado mais assertivamente por estar de TPM.
“Obsessão perturbadora”
"Ele ataca as mulheres porque tem medo das mulheres", disse Scarborough, que ainda declarou que Trump tem uma "obsessão perturbadora" por sua colega de trabalho.
Após o ataque, Brzezinski já havia publicado em uma rede social uma foto com uma embalagem de cereal na qual se lê "feito para mãos pequenas", numa referência aos ataques feitos pelo senador republicano Marco Rubio durante a campanha eleitoral. Ele dizia que Trump tem mãos pequenas, numa insinuação sobre outra parte da anatomia do empresário.
Ataques
O alvo mais recente (e o mais constante) de Trump vinha sendo a rede CNN, que, na última semana, tirou do ar uma reportagem que afirmava que o Congresso estaria investigando um "fundo de investimento russo que tinha laços com funcionários de Trump".
De acordo com a emissora, a reportagem, que citava uma fonte anônima, não estava dentro de seus padrões editoriais exigidos. Três jornalistas ligados à reportagem se demitiram.
"A CNN tem tentado manter a sua credibilidade com a maior audiência possível", afirma Kalb, acrescentando que a emissora passou "por maus momentos" nas últimas semanas. "E Trump tem tentado se aproveitar desses momentos."