A pesquisa feita com células-tronco de embriões humanos realizada pelo cientista sul-coreano Hwang Woo-suk foi duramente criticada nesta segunda-feira depois que um de seus colaboradores reconheceu que havia pagado mulheres para conseguir óvulos.

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O responsável pelo Hospital MizMedi em Seul, Roh Sung-il, encarregado do suprimento de óvulos de equipe de Hwang em 2002, admitiu, em uma entrevista coletiva, que deu US$ 1.500 a cada uma das 16 mulheres que doou óvulos. No entanto, Roh fez questão de enfatizar que a compensação é de sua responsabilidade e que a concedeu sem consultar o professor Hwang.

A Justiça da Coréia do Sul não pode punir os cientistas pela compra de óvulos, uma vez que ela foi efetuada antes da lei sobre ética do país ser criada. A legislação entrou em vigor em janeiro de 2005 e proíbe esse tipo de prática.

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- Era complicado conseguir doações de óvulos maduros em 2002, quando recebi os pedidos do professor Hwang para dar início às pesquisas - explicou Roh.

Ele disse ainda que, naquele momento, não conseguiu encontrar outra alternativa e ressaltou que o fez com a esperança de que a experiência resultasse em um tratamento para enfermidades terminais enfrentadas pela Humanidade.

A polêmica originada por essas revelações ocorre após outra similar. Descobriu-se na Coréia do Sul a existência de uma rede de compra de óvulos para mulheres estéreis, através de sites da internet.

O professor Hwang ganhou as páginas dos jornais em fevereiro do ano passado quando, junto com seu colega da Universidade Nacional de Seul, Moon Shin-yong, conseguiu clonar 30 embriões a partir de 242 óvulos procedentes dessas 16 mulheres. Com o estudo, Hwang conseguiu obter as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias ajustadas ao DNA dos pacientes.