A tecnologia tem sido acusada de desaparecer com vários postos de trabalho, como os de linha de produção ou escritório de contabilidade. E ela não para por aí.
Uma empresa normalmente se assemelha a seu sistema de comunicação e tecnologia. Na era da computação na nuvem na qual a indústria de tecnologia está se movendo, isso parece sugerir que as empresas terão departamentos menores, com rápidas análises de dados e infindáveis testes.
Isso significa que mais mudança está a caminho em muitas companhias que adotarão a computação na nuvem nos próximos anos. Essa não é uma boa notícia para os gerentes de nível médio.
"A tecnologia molda estilos de trabalho", diz Ed Lazowska, que ocupa uma cadeira em Ciência da Computação e Engenharia na Universidade de Washington. "Uma importante vantagem da nuvem é que o compartilhamento se torna incrivelmente mais fácil." Ele prevê mais colaboração e terceirização do trabalho e maior especialização em tudo o que um trabalhador, equipe ou empresa faz bem.
Na computação na nuvem, servidores são agrupados através de softwares de gestão. A energia é aumentada ou diminuída dependendo da carga de trabalho e o sistema é reconfigurado continuamente com base nos dados sobre a próxima carga de trabalho. Para perceber como isso muda um local de trabalho, repare na estrutura das maiores empresas de nuvem que estão aí.
"A gente aprende a controlar o feedback", diz David Campbell, chefe do departamento de Engenharia da Microsoft Azure, o nome da nuvem da Microsoft. Logo no início, isso significa muitos testes com usuários ou a disponibilização de duas versões de um site para rapidamente descobrir qual os clientes preferem.
A Azure faz alterações de engenharia movendo uma parte do tráfego dos seus clientes para coisas novas para descobrir se tudo funciona como previsto e, a partir de então, começar a ampliar. Segundo Campbell, verificar expectativas e hipóteses em tempo real "leva horas, e não meses e anos como nos ambientes tradicionais".
O Google também funciona com uma cultura baseada em dados. Cada reunião parece estar cheia de jovens engenheiros revirando tudo para acumular os fatos mais interessantes, e então tentar criar outra coisa e verificar seu uso pelos clientes para poder crescer a partir daí. Quem sai perdendo nesse modelo podem ser os gerentes responsáveis pelo agendamento de tarefas, uma vez que tudo está acontecendo rápido demais.
No Amazon Web Services, que construiu o maior negócio mundial na nuvem, o trabalho é dividido em equipes com o menor tamanho possível para descobrir o que o cliente está fazendo com um produto importante. Essa equipe, então, rapidamente adapta o produto para que ele funcione melhor e procura por novas ideias.
"A organização funciona como uma federação de grupos autônomos", diz James Hamilton da Amazon Web Services. "Os gerentes não precisam dizer 'Faça isso'. Dar ordens é difícil."
Não está claro se toda grande empresa aperfeiçoou esse estilo de trabalho. Os clientes querem saber como eles podem diminuir as equipes centradas no cliente, com a intenção de passar informações mais rapidamente. Os sobreviventes serão bons na colaboração, na estatística e em descobrir o que a empresa precisa construir em seguida.