O escritório da Diretoria Nacional de Inteligência e o Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos divulgaram nesta sexta-feira (29) um relatório inconclusivo sobre as origens da Covid-19, com cobranças para que a China coopere com as investigações para que seja descoberto como a pandemia começou.
O documento divulgado nesta sexta é a versão completa de um relatório cujo resultado inconclusivo já havia sido apresentado em agosto, após uma investigação de 90 dias solicitada pelo presidente Joe Biden.
O documento integral destaca que os analistas da Comunidade de Inteligência americana seguem sem saber apontar se o novo coronavírus teve origem natural ou em laboratório, e que apenas novas informações permitiriam aprofundar as investigações dessas hipóteses.
“A cooperação da China provavelmente seria necessária para se chegar a uma avaliação conclusiva das origens da Covid-19. Pequim, no entanto, continua a atrapalhar a investigação global, a resistir ao compartilhamento de informações e a culpar outros países, incluindo os Estados Unidos”, apontou a Comunidade de Inteligência.
“Essas ações refletem, em parte, a própria incerteza do governo da China sobre aonde uma investigação poderia levar, bem como sua frustração pela comunidade internacional estar usando a questão para exercer pressão política sobre a China.”
Por outro lado, a Comunidade de Inteligência apontou que permanece “cética” em relação às alegações de que o Sars-CoV-2 seria uma arma biológica, porque “elas são sustentadas por alegações cientificamente inválidas, seus defensores não têm acesso direto ao Instituto de Virologia de Wuhan ou são suspeitos de espalhar desinformação”.