A comunidade internacional reagiu nesta quinta-feira à polêmica declaração do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de que Israel deveria ser "varrido do mapa", pedindo ações enérgica da ONU contra Teerã. O vice-primeiro-ministro Shimon Peres disse que o Irã deveria ser expulso da ONU.
- Desde que a Organização das Nações Unidas foi criada em 1945, nunca houve um chefe de estado de um integrante da ONU que pedisse a eliminação de outro integrante de outro país membro - afirmou Peres à Rádio Israel.
- Nunca houve um escândalo como esse. É impossível ignorar isso e tapar os ouvidos - afirmou Peres, que também é um laureado do Prêmio Nobel da Paz. Ele disse ainda que "não há lugar no mundo para um país como esse".
Outros países se manifestaram publicamente contra o episódio. Um dos primeiros a reagir foram os Estados Unidos.
- Eu acho que estamos começando a ter visões verdadeiras desse regime, que aumentam nossas preocupações e da comunidade internacional sobre a decisão do Irã de dar continuidade à produção de armas nucleares - afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Sean McCormack, em entrevista à CNN.
O Irã, junto com o Iraque e a Coréia do Norte, foi classificado pelo presidente George W. Bush como parte do 'Eixo do Mal'.
O governo do Canadá também reagiu com uma forte censura à declaração, seguindo o tom apresentado pelos EUA.
- Não podemos tolerar comentários com tamanho ódio, anti-semitismo e intolerância. Esses se tornam ainda mais preocupantes se levarmos em conta as ambições nucleares do Irã - afirmou o ministro das Relações Exteriores do Canadá, Pierre Pettigrew.
Líderes da União Européia (UE) também condenaram o presidente do Irã. Em um comunicado conjunto, eles disseram que nenhum país que se diz membro responsável da comunidade internacional deveria falar dessa forma.
"Líderes da UE condenaram hoje, nos termos mais fortes possíveis, os comentários sobre o Estado de Israel atribuídos ao presidente (Mahmoud) Ahmadinejad", diz a nota dos líderes do bloco, que se encontram em um cúpula perto de Londres.
"Pedidos por violência e pela destruição de qualquer Estado são inconsistentes com qualquer alegação de se ser um membro maduro e responsável da comunidade internacional", declararam.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura