O Papa Bento XVI elogiou os católicos alemães que se ativeram às suas crenças cristãs apesar da "chuva ácida" que corroeu a fé sob o nazismo e o comunismo. O Pontífice rezou a missa neste sábado para cerca de 30 mil pessoas na praça principal medieval de sua cidade, Erfurt, antes parte da ex-Alemanha Oriental, onde somente cerca de 7% dos cidadãos são católicos.
Cerca de duas horas antes da missa, um homem disparou uma arma de ar comprimido contra a equipe de segurança em um ponto de verificação em Erfurt, informou a polícia. Detido no local, o homem não identificado disse aos policiais estar protestando contra as rígidas medidas de segurança.
A terceira viagem de Bento XVI à sua terra natal desde sua eleição em 2005 atraiu pequenas plateias e alguns protestos contra as posições da Igreja quanto ao casamento homossexual, o controle de natalidade e um escândalo de abuso sexual.
O Pontífice, de 84 anos, saudou aqueles que mantiveram sua fé apesar das pressões dos regimes nazista e comunista, mas pareceu decepcionado por não ter havido um renascimento da fé desde a reunificação da Alemanha em 1990.
Violência
Segundo a polícia, não houve feridos durante a ação do homem que efetuou disparos com uma arma de ar comprimido, embora dois disparos atingiram as proteções das roupas de agentes.
Os fatos ocorreram em uma área de pedestres, em um dos controles de segurança estabelecidos a 300 metros do recinto que circundava a praça da catedral.
A missa transcorreu sem qualquer contratempo, embora tenham sido reforçados os dispositivos de segurança em torno ao recinto.
Os fiéis concentrados em frente à catedral não perceberam o incidente. As primeiras informações falavam em tiroteio e um guarda ferido, mas pouco depois a Polícia desmentiu a versão.
Ao fim da missa, Bento XVI saiu no "papamóvel" em direção ao aeroporto de Erfurt, para seguir viagem para Freiburg, última etapa da visita de quatro dias à Alemanha.
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