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Resolução aprovada no condado de Lee considera que vacinas contra a Covid-19 são “armas biológicas”
Resolução aprovada no condado de Lee considera que vacinas contra a Covid-19 são “armas biológicas”| Foto: Wikimedia Commons

O governador da Flórida, Ron DeSantis, terá a última palavra no caso de um condado do estado onde o Partido Republicano aprovou uma resolução para proibir a aplicação da vacina contra a Covid-19, que foi classificada como uma “arma biológica”.

A resolução batizada de “Ban the Jab” (Proíbam a injeção) do condado Lee, na costa oeste da Flórida, foi aprovada por uma ampla maioria e enviada para a sanção do republicano DeSantis, segundo informa nesta quinta-feira (23) a imprensa local.

A princípio, o governador, que foi reeleito em 2022 e dá sinais de que irá concorrer à presidência no ano que vem, não se pronunciou sobre a resolução proposta por Joe Sansone, integrante do comitê executivo republicano em Lee.

A iniciativa está voltada a proibir a venda e a distribuição da vacina contra a Covid-19 no condado, um dos 67 em que está dividida a Flórida, sob o argumento de que os riscos do imunizante são tão altos que não é conveniente aplicá-la.

“O Partido Republicano de Lee estará na vanguarda desta campanha para parar o genocídio, porque temos organizações não governamentais estrangeiras que estão aplicando armas biológicas no povo americano”, afirmou Sansone, sem apresentar evidências e ignorando os resultados positivos da vacina ao redor do mundo.

A Flórida é o terceiro estado dos EUA com mais mortes por Covid-19 em números absolutos, apenas atrás da Califórnia e do Texas, com mais de 86 mil óbitos registrados desde março de 2020. Estes são os três estados mais populosos do país.

Nas taxas de mortes por 100 mil habitantes, embora a Flórida não esteja entre os dez estados americanos com maior letalidade pela doença (388 óbitos por cada 100 mil moradores), o estado supera a Califórnia (taxa de 264) e o Texas (313).

Responsável pela decisão sobre a iniciativa, DeSantis se destacou durante a pandemia pela postura contra os confinamentos e o uso obrigatório de máscaras, inclusive, as proibindo nas empresas do estado e em cruzeiros, assim como a exigência de apresentação de comprovantes de vacinação.

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