A iraniana Sakineh Moahammadi Ashtiani, cuja condenação à morte por apedrejamento provocou apelos de vários países pela sua libertação, foi sentenciada a outra pena de 99 chicotadas sob acusação de propagar corrupção e indecência, afirma o Comitê Internacional contra o Apedrejamento.

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Segundo o comunicado divulgado pela ONG neste sábado (4), a razão foi uma foto publicada pelo diário inglês "London Times" de uma mulher sem o véu islâmico, atribuída a Sakineh. A foto, diz o texto, seria na verdade de Susan Hejrat, uma ativista iraniana que vive na Suécia e cuja imagem havia aparecido em jornais do país num artigo sobre a própria Sakineh. O não uso do véu islâmico é crime passível de prisão no Irã.

"Assim que tomamos conhecimento da distribuição desta foto pelo ’London Times’, e depois por outros jornais na Suécia, informamos estas publicações que a imagem não era de Sakineh", diz o texto.

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De acordo com a ONG, o fato foi denunciado por um dos filhos de Sakineh, Sajjad Ghaderzadeh, em carta aberta publicada na sexta-feira (3). A iraniana de 49 anos segue presa em Tabriz, enquanto aguarda a revisão de sua pena após condenação por suposto adultério.

A foto, diz o comunicado, teria sido obtida pelos jornais com o ex-advogado de defessa de Sakineh, Mohammad Mostafaei.

"Nós condenamos fortemente esta bárbara nova sentença de 99 chicotadas imposta pelo regime iraniano contra Sakineh e exigimos que a pena seja abandonada imediatamente", diz o Comitê Internacional contra o Apedrejamento.