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Imagens da jornalista russa Anna Politkovskaya, assassinada em 2006, exibidas na sede do Novaya Gazeta no ano passado, quando o jornal teve sua licença revogada
Imagens da jornalista russa Anna Politkovskaya, assassinada em 2006, exibidas na sede do Novaya Gazeta no ano passado, quando o jornal teve sua licença revogada| Foto: EFE/Ignacio Ortega

O governo da Rússia concedeu perdão a um ex-policial envolvido na morte de uma jornalista investigativa após ele lutar contra a Ucrânia na guerra iniciada no leste europeu em fevereiro de 2022.

Sergei Khadzhikurbanov havia sido condenado a 20 anos de prisão por participação no assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya, crime ocorrido em 2006.

Em entrevista à agência russa RBC, o advogado do ex-policial, Alexei Mikhalchik, disse que Khadzhikurbanov participou da guerra a princípio na condição de prisioneiro, após assinar um primeiro contrato.

“Ele foi então perdoado e agora participa [do conflito] como militar independente, tendo assinado um contrato com o Ministério da Defesa”, afirmou Mikhalchik.

Em comunicado conjunto, o jornal independente Novaya Gazeta, onde Politkovskaya trabalhava, e a família da jornalista classificaram o perdão ao ex-policial como uma “monstruosa injustiça e arbitrariedade”.

“É um desrespeito à memória de uma pessoa que foi morta devido às suas crenças e deveres profissionais”, afirmaram no comunicado, reproduzido pelo jornal The Moscow Times. “O Estado há muito deixou de proteger a lei e a usa para o seu próprio raciocínio pervertido.”

Devido às suas críticas ao governo Putin, o Novaya Gazeta teve sua licença revogada na Rússia no ano passado e hoje publica uma edição europeia, produzida em Riga, capital da Letônia.

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