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WASHINGTON - Momentos antes de embarcar para um giro pela Europa, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, fez uma veemente defesa da política americana contra o terrorismo, em que negou que seu país endosse a tortura, mas reconheceu que a CIA transporta suspeitos de terrorismo em vôos secretos para outros países. Rice disse que os EUA realizam o que chamou de "rendições" há décadas, em cooperação com aliados - que se beneficiam dessas operações.

- As rendições tiram terroristas de ação e salvam vidas - disse Rice, referindo-se às transferências secretas para interrogatório em países estrangeiros. - Essas rendições são permitidas pela lei internacional.

Os EUA estão na defensiva há um mês sobre o caso, quando começaram a surgir reportagens que acusam o país de manter prisões secretas em países do Leste da Europa e de transportar detentos secretamente em aeroportos do Velho Continente. A União Européia, o Conselho Europeu e vários países do bloco anunciaram investigações e pedidos de esclarecimentos sobre as denúncias.

- Os Estados Unidos não usam o espaço aéreo de qualquer país para transporte de um detento se acreditamos que ele ou ela será torturado - disse a secretária de Estado. - A respeito dos detentos, o governo dos Estados Unidos cumpre suas leis, sua Constituição e suas obrigações previstas em tratados. É política dos EUA que os interrogatórios seham realizados sem tortura.

Condoleezza, porém, negou-se a falar diretamente sobre as supostas prisões secretas.

- Não podemos discutir informações que comprometam o sucesso das operações militares, de inteligência e de aplicação da lei. Esperamos que outros países compartilhem nossa visão - disse a secretária de Estado, que falou antes de embarcar para Berlim, na Base da Força Aérea Andrews, em Maryland.

Ela disse que países europeus beneficiaram-se dessas operações e saem ganhando com a política americana de combate ao terrorismo.

- A inteligência reunida assim impediu ataques terroristas e salvou vidas inocentes, na Europa, bem como nos EUA e em outros países.

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