Tuscaloosa, EUA (Reuters) A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, exigiu ontem que alguém assuma a responsabilidade pelo suposto envolvimento de autoridades sírias e de seus aliados libaneses no assassinato do ex-premier libanês Rafik Al-Hariri, ocorrido em 14 de fevereiro. O envolvimento foi denunciado por um relatório da ONU. "Não podemos conviver com o espectro de um aparato estatal participar ou estar envolvido no assassinato de um ex-primeiro-ministro de outro Estado", disse ela durante um viagem para o Alabama com o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Jack Straw.
Rice não especificou que atitude os EUA gostariam que o Conselho de Segurança da ONU tome contra a Síria, mas suas declarações deram mais força à pressão internacional sobre o presidente Bashar al-Assad, cujo cunhado é suspeito de envolvimento no assassinato. A investigação da ONU sobre o assassinato de 14 de fevereiro foi comandada pelo promotor alemão Detlev Mehlis e concluiu que "muitas pistas apontam diretamente para autoridades de segurança sírias". O embaixador da Síria nos EUA chamou as conclusões da investigação de "fofoca".
Mas, para Rice, as conclusões são claras. "Até mesmo uma leitura inicial do relatório é profundamente perturbadora", disse ela. "São acusações que levarão a comunidade internacional a ter de analisar com seriedade como exigir uma punição", disse ela. Rice afirmou também que está conversando com seus colegas de outros países do Conselho de Segurança, entre eles Straw, sobre como responder ao relatório, que foi submetido à entidade. Questionada se a resposta incluiria a pressão pela renúncia do presidente do Líbano, Emile Lahoud, ela disse que ainda está digerindo as conclusões do relatório da ONU, numa indicação de que Washington não vai tomá-lo como alvo.
Para Straw, o relatório mostra a "arrogância" síria em relação ao pequeno vizinho, que considera seu "feudo". Bush também disse que o relatório indica a culpabilidade síria e pediu uma reunião urgente da ONU para tratar do assunto.
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