Cairo (EFE) A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, começou ontem no Egito uma viagem pela região com o objetivo declarado de buscar apoio contra o programa nuclear iraniano e de obrigar o movimento palestino Hamas a fazer concessões. Em seu primeiro dia no Egito, um dos principais aliados dos EUA na região, ela conversou com o ministro das Relações Exteriores egípcio, Ahmed Abul Gheit, sobre a situação da região mais instável do planeta do ponto de vista geopolítico.
"Temos de ver se o novo governo é capaz de cumprir as aspirações de paz e segurança do povo palestino", explicou Rice em entrevista coletiva. Segundo ela, as sanções econômicas que os EUA cogitam aplicar "não afetarão o povo palestino". Abul Gheit, no entanto, declarou que é preciso dar tempo ao Hamas. "Tenho certeza de que o Hamas mudará e não devemos nos deixar levar por preconceitos", disse ele.
Sobre o Irã, Rice destacou que "os relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmam que o país não cooperou"
Como esperado, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, pediu formalmente ontem ao futuro primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, que forme o novo governo. Haniyeh, de 43 anos, liderou a lista eleitoral do Hamas que obteve 74 dos 132 cadeiras do Conselho Legislativo palestino (Parlamento) nas eleições realizadas em 25 de janeiro na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental.