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A Confederação Israelita do Brasil (Conib) criticou nesta quinta-feira (24) a nota do Itamaraty divulgada na quarta (23), em que o ministério condena o "uso desproporcional da força" por parte de Israel e não faz referência às agressões do grupo radical Hamas.

Segundo a Conib, a nota "evidencia a abordagem unilateral do conflito na faixa de Gaza". A Conib divulgou um comunicado no qual "expressa profunda dor pelas mortes nos dois lados do conflito" e pede um cessar-fogo imediato.

A Confederação pede que o governo brasileiro pressione o Hamas, que comete "crimes de guerra" ao usar escudos humanos, além de escolas e locais próximos a hospitais e mesquitas como base.

"A Conib também lamenta que, com uma abordagem que poupa de críticas um grupo que oprime a população de Gaza e persegue diversas minorias, o Brasil mine sua legítima aspiração de se credenciar como mediador no complexo conflito do Oriente Médio", diz o texto.

Diplomacia

Também nesta quarta (23), o governo brasileiro chamou o embaixador de Israel em Brasília, Rafael Eldad, para expressar seu protesto, e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Henrique Pinto, de volta a Brasília. Na linguagem diplomática, o protesto feito a Eldad e a convocação de Pinto são sinais fortes de desagrado.

Em seu site, a diplomacia israelense acusou o Brasil de "impulsionar o terrorismo" e afirmou que isso, "naturalmente", afeta a "capacidade do Brasil de impulsionar influência".

Desde que a operação israelense batizada Margem Protetora começou, no último dia 8, mais de 700 palestinos -na maioria civis- foram mortos. Do lado israelense, foram 32 militares e três civis, sendo um cidadão tailandês. O intuito da operação é desmantelar o movimento radical islâmico Hamas, que governa Gaza.

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