Washington A conferência de paz que se realiza hoje em Annapolis, no estado de Maryland, deve terminar com uma declaração conjunta de intenções assinada pelo premier de Israel, Ehud Olmert, e o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
A informação é de um assessor direto do palestino e está sendo encarada com otimismo pelos que duvidavam de resultados mais concretos da reunião patrocinada pelos EUA.
Até ontem, os dois lados ameaçavam soltar documentos diferentes. A falta de um acordo já no plano de intenções colocava em questão a eficácia da reunião antes mesmo de sua realização. "Vamos chegar a um documento em comum'', disse Yasser Abed Rabbo, assessor de Abbas. "Há um esforço persistente dos americanos para que essa declaração saia.''
Em entrevista pela manhã, Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, havia dito que ambos os lados "estão convergindo'' para uma declaração conjunta. "Há várias razões pelas quais Annapolis é importante'', disse; entre elas o documento.
Pré-Annapolis
Olmert e Abbas foram recebidos pelo presidente George W. Bush ontem e se reuniriam em jantar no Departamento de Estado às 19h10 locais (22h10 de Brasília), numa espécie de "pré-Annapolis''.
Nas breves declarações iniciais à imprensa, Abbas, Bush e Olmert se esforçavam na demonstração de otimismo. Depois de dizer que pretendia continuar o "diálogo sério'' para determinar se a paz "é ou não possível'', o presidente o norte-americano afirmou ao israelense: "Estou otimista, sei que você está otimista e agradeço por sua coragem e sua amizade''.
A Abbas, agradeceu por ele "trabalhar duro para implantar uma visão do Estado palestino'' e disse que os EUA não imporiam sua própria visão, mas poderiam ajudar na mediação. O palestino respondeu que espera que a conferência "produza um status permanente de negociações ampliadas''.