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Criança brinca em meio a escombros na cidade sitiada de Homs, uma das que mais sofrem com a guerra civil síria | Thaer al-Khalidiya/Reuters
Criança brinca em meio a escombros na cidade sitiada de Homs, uma das que mais sofrem com a guerra civil síria| Foto: Thaer al-Khalidiya/Reuters

Oposição

Os negociadores da Coalizão Nacional Síria têm o apoio do Ocidente e reúnem insurgentes exilados. Eles alegam que Assad perdeu legitimidade ao reprimir militarmente os protestos pacíficos que pediam sua renúncia, há quase três anos.

Governo

Os representantes do governo sírio afirmam que os rebeldes que combatem as forças do governo são predominantemente "terroristas" e alegam que Assad é a única pessoa capaz de terminar com a guerra civil que já deixou mais de 130 mil mortos.

As negociações de paz entre o regime sírio e os rebeldes que tentam tirar o presidente Bashar Assad do poder tiveram ontem um primeiro resultado concreto. De acordo com o mediador internacional para a crise, Lakhdar Brahimi, os civis encurralados em Homs – cidade síria sob cerco das forças do governo há mais de um ano – poderão "a partir de agora" deixar a localidade, fugindo dos intensos combates da região.

Brahimi reconheceu que o acordo sobre Homs não alcançou suas expectativas, que eram de organizar um comboio de ajuda humanitária. Mas mulheres e crianças poderiam sair da cidade a partir de ontem.

"Vai levar tempo para retirar a Síria do fosso em que caiu", disse Brahimi. Homs, uma das primeiras cidades sírias a se insurgir contra o regime, foi atacada ontem com granadas de morteiros, e é um dos campos de batalha mais violentos da guerra civil.

Brahimi defendeu o ritmo lento das conversas de paz em Genebra, respondendo as dúvidas sobre se a negociação chegará a tratar do futuro político da Síria. "Acho que ir devagar demais é uma maneira melhor do que rápido demais. Se você corre, pode ganhar uma hora – e perder uma semana", disse.

De acordo com Brahimi, o tema mais espinhoso das conversas, um eventual governo interino de transição, não seria discutido ontem. "Acho que isso diminui a importância dessa conferência e o objetivo que foi traçado para ela", afirmou Bouthaina Shaaban, conselheiro de Assad.

Desconfiança Mediador teve de se reunir separadamente com cada delegação Além de estabelecer o acordo preliminar sobre Homs, os rivais sírios discutiram em Genebra a ajuda humanitária e a libertação de prisioneiros nas sessões que realizaram no fim de semana – que tinham como objetivo construir algum tipo de confiança entre as partes. Ambos os lados, porém, discordaram até nas questões mais básicas e o mediador Lakhdar Brahimi teve de se reunir separadamente com cada grupo de representantes. A intenção, segundo o delegado opositor Ahmed Ramadan, era abrir caminho para discutir a aplicação do pacto Genebra 1, de 2012, que pede a implementação de um governo de transição na Síria.

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