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O Comitê de Liberdade Religiosa e o Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) divulgaram nesta semana uma nota pedindo paz e reforço no policiamento após ataques a igrejas católicas e centros pró-vida no país.
No comunicado, os presidentes dos dois comitês, respectivamente, o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, e o de Baltimore, William Lori, apontaram que a violência tem aumentado desde o vazamento de um rascunho de uma decisão majoritária da Suprema Corte dos Estados Unidos que deve anular o entendimento do caso Roe vs. Wade, de 1973.
Essa jurisprudência federal impede os estados americanos de proibir o aborto antes da chamada viabilidade – período mínimo de gestação para um feto conseguir sobreviver fora do útero, hoje estimado em cerca de 24 semanas.
“Desde o vazamento, instituições de caridade que apoiam mães grávidas necessitadas têm sido bombardeadas, e organizações pró-vida atacadas quase diariamente e aterrorizadas, e até mesmo as vidas de juízes da Suprema Corte foram diretamente ameaçadas”, apontaram os comitês da USCCB.
“À luz disso, instamos nossos representantes eleitos a tomar uma posição firme contra essa violência, e nossas autoridades policiais a aumentar sua vigilância na proteção daqueles que estão em maior perigo. Agradecemos àqueles que já o fizeram e os encorajamos a continuar. Acima de tudo, cada um de nós deve escolher o caminho da paz e abrir o coração ao amor que Deus tem por seus filhos”, acrescentaram.
Na última sexta-feira (10), o Gresham Pregnancy Resource Center, instituição no Oregon que pertence a uma fundação cristã e presta assistência a mães, crianças e gestantes, foi incendiado.
Também na semana passada, um homem armado foi preso em Maryland perto da residência do juiz conservador Brett Kavanaugh, um dos magistrados da Suprema Corte que no rascunho indicaram apoio à derrubada de Roe vs. Wade. Kavanaugh e outros juízes foram alvos de protestos em frente às suas casas em maio.
Também no mês passado, organizações pró-vida foram vítimas de atentados em Wisconsin e no Oregon, e duas igrejas católicas foram vandalizadas no Colorado.