O vice-premiê da Síria, Qadri Jamil, afirmou ontem durante coletiva de imprensa em Moscou que a conferência internacional de Genebra deve ser realizada entre 23 e 24 de novembro. O principal grupo de oposição, a Coalizão Nacional Síria, no entanto, já afirmou que não irá participar das negociações pela paz, diminuindo as chances de sucesso.
O encontro em Genebra havia sido proposto em maio, por meio dos esforços de Rússia e EUA em mediar o conflito na Síria. Diante das exigências de ambas as partes, o evento tem sido adiado desde então.
A coalizão diz que não irá negociar até que o regime do ditador Bashar Assad seja deposto. Há, porém, divisões entre os rebeldes. Também nesta semana um coletivo de ao menos 70 facções do sul da Síria afirmou que não considera a Coalizão Nacional Síria como representante da insurgência. Em setembro, grupos militantes do norte do país haviam feito comunicado semelhante.
A divisão entre rebeldes é apontada como uma das razões para a continuidade do regime de Assad, conforme insurgentes disputam entre si o controle de regiões do país.
Potências ocidentais criticam, também, o crescimento de grupos militantes islâmicos, como a Jabhat al-Nusra, ligada à rede terrorista Al-Qaeda.