O partido do ex-presidente peruano e candidato na atual eleição, Alan García, retirou neste sábado a solicitação para anular votações nos Estados Unidos, Itália e Espanha, confiante de que vai vencer a conservadora Lourdes Flores na disputa pela última vaga no segundo turno do pleito presidencial no Peru.
Os votos em Miami, Milão e Madri foram contestados pelo Partido Aprista Peruano, que alegava irregularidades. Os resultados nessas cidades favoreciam a Flores.
O pedido para impugnar os votos foi retirado em Lima por iniciativa do próprio García.
Os seus partidários esperam que a atual diferença entre os dois candidatos, de 109.300 votos, se reduza minimamente até o final da apuração.
Ollanta Humala, um militar da reserva cujos planos intervencionistas são temidos pelos mercados, segue em primeiro lugar na apuração, com 30,94% dos votos, sem a possibilidade de passar os 50% e ganhar no primeiro turno.
Com 89,1% dos votos contados, García, que governou o Peru entre 1985 e 1990, tinha 24,41%, e Flores, a preferida dos investidores, 23,43%, segundo as autoridades eleitorais.
- Confiamos que os votos nos favoreçam, mas aceitaremos qualquer resultado democraticamente, por isso estamos retirando os recursos - afirmou Jorge del Castillo, do partido aprista, sobre a contagem no exterior.
Por outro lado, o partido de Flores, a Unidade Nacional, afirma que os votos do exterior podem virar o jogo a seu favor.
Até agora, o ex-presidente, de 56 anos, foi beneficiado pelos votos no interior do Peru. O eleitores em outros países têm mostrado preferência por Flores, 46 anos.
- Seguimos acreditando no segundo turno, mas, se Deus e o povo decidirem que não, Lourdes será a primeira a reconhecer a derrota - afirmou Xavier Barrón, da Unidade Nacional, a uma rádio peruana.
O segundo turno no Peru está previsto para o fim de maio ou início de junho. O anúncio oficial do resultado do primeiro turno de domingo passado seria no fim de abril.
O resultado parcial da apuração aponta para uma repetição da disputa entre Flores e Garcia nas eleições presidenciais de 2001. Naquela ocasião, ele teve 25,7% dos votos, e Flores, 24,3%. No segundo turno, García perdeu para o atual presidente, Alejandro Toledo.
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