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Menino palestino recebe comida numa escola da ONU em Jabalya, no norte da Faixa de Gaza: mortes no conflito passam de mil | Suhaib Salem/Reuters
Menino palestino recebe comida numa escola da ONU em Jabalya, no norte da Faixa de Gaza: mortes no conflito passam de mil| Foto: Suhaib Salem/Reuters

Em gravação, Bin Laden pede guerra santa

O líder da Al-Qaeda e mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, Osama bin Laden, divulgou ontem em sites islâmicos uma gravação de 22 minutos em que chama os muçulmanos à "jihad’’ (guerra santa) contra a ofensiva israelense em Gaza. De acordo com a organização americana Site Intelligence, Bin Laden – em primeira declaração desde maio do ano passado – também acusa líderes árabes de conspiração com Israel. A gravação não cita o Hamas.

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Aumenta temor de segunda frente

Pela segunda vez desde o início da ofensiva em Gaza, mísseis foram disparados ontem do Líbano contra o norte de Israel, revivendo o temor de uma segunda frente de guerra.

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São Paulo - Os ataques em Gaza acirram as profundas divergências geopolíticas no mundo árabe e sustentam a atual queda de braço diplomática entre os países coniventes com o objetivo israelense de enfraquecer o grupo islâmico Hamas e os partidários de uma ação diplomática mais firme contra Israel.

O racha na região está cristalizado em duas propostas rivais de cúpula para tratar dos ataques que deixaram até agora 1.024 palestinos mortos, despertando a fúria da opinião pública árabe e aumentando a pressão contra governos impopulares e ineficientes.

A primeira sugestão de um encontro de lideranças árabes partiu do Qatar, um país pequeno mas rico, adepto de uma diplomacia pró-árabe que a tevê estatal Al-Jazeera se encarrega de propagar por toda a região.

O governo qatariano convidou os líderes árabes a se reunirem amanhã em Doha para buscarem juntos maneiras de aumentar a pressão para o fim dos ataques israelenses.

Nas entrelinhas, o evento também pretende dar uma resposta às populações árabes, que exigem de seus governos atitudes mais contundentes. Doha anunciou ontem ter recebido confirmação de participação de 15 entre os 22 países que compõem a Liga Árabe, o que representaria o quórum suficiente de dois terços.

Mas a Liga Árabe afirmou que o número de participantes confirmados é 13, dois a menos do que o necessário. As desistências – uma delas do Marrocos, a outra não especificada – resultam de pressões do Egito e da Arábia Saudita, as potências árabes aliadas de Washington que trabalham abertamente para minar os planos do Qatar.

O rei saudita, Abdullah al Saud, marcou ontem às pressas uma reunião para hoje com os vizinhos do golfo Pérsico.

Já o Egito quer tratar de Gaza às margens de uma cúpula econômica no Kuait, na próxima semana, agendada antes da crise. "Se formos a Doha, vamos matar a cúpula do Kuait’’, argumentou o chanceler egípcio, Ahmed Abul Gheit.

Segundo analistas, as manobras sauditas e egípcias visam acentuar as divisões entre árabes para dar tempo a Israel continuar atacando o Hamas, considerado inimigo.

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