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Palestinos enfrentam israelenses em Shoafat, na Cisjordânia. Conflito desta vez envolve a esplanada das mesquitas | Oliver Weiken/Efe
Palestinos enfrentam israelenses em Shoafat, na Cisjordânia. Conflito desta vez envolve a esplanada das mesquitas| Foto: Oliver Weiken/Efe

Diplomacia

Netanyahu nega divisão de Jerusalém e considera um erro a decisão sueca

Efe

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a afirmar ontem que Jerusalém é a capital unificada de Israel e disse que o reconhecimento dado à Palestina pela Suécia é um erro. Netanyahu negou a possibilidade de que os palestinos estabeleçam sua capital em Jerusalém Oriental, como reivindicam desde que Israel ocupou este território em 1967. "Jerusalém é uma questão muito sensível. Tratamos com muita delicadeza, mas é também nossa capital e, portanto, não é um assentamento. Todo mundo sabe que em qualquer acordo de paz permanecerá como parte de Israel", disse o premiê em resposta às críticas recebidas da União Europeia e dos EUA por autorizar novas construções nos bairros árabes de Jerusalém Oriental.

Centenas de palestinos entraram em confronto ontem com forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Os confrontos começaram no campo de refugiados de Shoafat, poucas horas depois do funeral de Ibrahim al-Akri, o palestino acusado de realizar um atentado na quarta-feira atropelando pessoas num ponto de ônibus.

Jovens atiraram pedras em policiais, queimaram pneus e latas de lixo, em meio à tensão que cerca o acesso a um dos pontos mais sagrados de Jerusalém. A polícia usou gás lacrimogêneo para tentar dispersar os manifestantes, enquanto uma nuvem de fumaça negra subia de Shoafat.

Os ânimos nunca se acalmaram por completo após os 50 dias de guerra entre Israel e o Hamas, em meados deste ano, mas agora a tensão se concentra no acesso ao Monte do Templo. Israel proíbe os judeus de rezarem no local, que abriga o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa, além de ser o local de antigos templos judaicos. Mas judeus de extrema-direita fazem campanha para ter acesso ao local.

Na semana passada, Israel fechou todos os acessos ao complexo pela primeira vez em mais de uma década, após um palestino balear um ultranacionalista israelense. Desde então, houve dois casos em que motoristas palestinos atropelaram pedestres israelenses, matando quatro pessoas.

Além de Jerusalém Orien­­tal, soldados israelenses dispararam ontem balas de borracha contra centenas de manifestantes. Muitos responderam com pedras e coquetéis molotov.

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50 dias foi o tempo que durou a operação Margem Protetora, realizada por Israel contra o Hamas, entre 8 de julho e 26 de agosto deste ano.

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