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Cessar-fogo

Em meio a conflito de facções, Líbia deixa de receber apoio militar externo

Líderes de 11 países fora a Líbia, da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia, da União Africana e da Liga Árabe se reuniram em Berlim neste domingo para discutir uma solução para os confrontos na Líbia (Foto: Governo da Rússia)

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que os países envolvidos nos conflitos na Líbia concordaram em respeitar um embargo a armas no país, constantemente violado. Além disso, os participantes de um encontro em Berlim, neste domingo (19), chegaram a um acordo para não oferecer mais suporte militar aos dois lados do conflito enquanto um cessar-fogo estiver em vigor.

"Concordamos em um plano abrangente para o futuro. Posso dizer que todos os participantes trabalharam juntos de forma realmente construtiva", disse ela. Angela afirmou ainda que os participantes devem continuar a manter encontros regulares para garantir que o processo continue, "garantindo que as pessoas da Líbia tenham seu direito de viver uma vida pacífica."

Líderes de 11 países fora a Líbia, da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia, da União Africana e da Liga Árabe se reuniram em Berlim neste domingo para discutir uma solução para os confrontos. Os dois líderes rivais do país africano, o primeiro-ministro Fayez al-Sarraj e o General Khalifa Haftar, também foram à reunião.

Perguntada sobre a participação de ambos nas negociações, Angela Merkel afirmou que os países mantiveram conversas individuais com cada um, "porque as diferenças entre eles são tão grandes que eles não estão conversando um com o outro no momento."

Angela e o ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, encontraram Sarraj e Haftar na chancelaria antes do início da reunião. Ambos teriam concordado em nomear membros de um comitê militar para representá-los em conversas para um cessar-fogo de maior duração.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, agradeceu a líder alemã por seus esforços, e afirmou que o comitê deve ser convocado a Genebra nos próximos dias. "Espero que os compromissos feitos hoje contribuam para uma solução duradoura para a crise líbia", disse.

Bloqueios

O Exército Nacional Líbio, milícia liderada pelo General Khalifa Haftar, fechou um gasoduto de exportação de petróleo na Líbia. De acordo com a National Oil Corp, companhia estatal de petróleo do país, o bloqueio reduziu a produção em dois campos, Sharara e el-Feel, que normalmente produzem 400 mil barris de petróleo por dia. Não há informações sobre o quanto da produção foi perdido.

Os cortes adicionais acontecem um dia depois de um bloqueio portuário reduzir pela metade a produção petrolífera do país. Os aliados de Haftar, um general renegado, ordenaram o fechamento de portos controlados por eles nas regiões central e leste da Líbia. Com isso, houve um corte de 700 mil barris na produção diária de cerca de 1,3 milhões de barris, de acordo com oficiais.

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