Um confronto na faixa de Gaza que iniciou na noite de domingo (11) deixou um soldado israelense e sete palestinos mortos, exatamente em um momento em que avançavam as tentativas dos dois lados de conter a violência.
O conflito escalou no dia seguinte quando o Hamas (grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza) lançou mais de 200 foguetes e morteiros contra o território israelense, atingindo comunidades ao sul do país, fazendo deste um dos maiores ataques de Gaza contra Israel desde que a guerra começou em 2014. Sessenta destes foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis de Israel, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
Na sequência, Israel lançou uma série de ataques em “alvos terroristas” na Faixa de Gaza. De acordo com IDF, foram atingidos mais de 20 alvos ligados ao Hamas e à Jihad Islâmica.
Neste último ataque de Israel, pelo menos dois palestinos morreram, segundo o Ministério da Saúde palestino.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia demonstrou preocupação com a escalada do conflito. Em um comunicado, o órgão pediu aos palestinos e israelenses que “retornem imediatamente a um cessar-fogo sustentável, mostrem moderação, tomem medidas para evitar o confronto com consequências imprevisíveis".
Mortes
No domingo, o Hamas afirmou que agentes israelenses entraram com um carro em seu território e mataram um comandante do grupo, Nour el-Deen Baraka. Na sequência, ainda segundo o Hamas, militantes do grupo identificaram o veículo e passaram a perseguir os agentes, levando Israel a bombardear o local. Foi nesse confronto que as outras mortes teriam ocorrido.
Na sequência, 17 foguetes foram lançados da faixa de Gaza em direção a Israel, disseram os militares de Israel.
O governo israelense informou apenas que um soldado morreu e outro ficou levemente ferido durante uma operação na faixa de Gaza e que o restante dos agentes voltou em segurança.
"Durante uma operação das forças especiais na faixa de Gaza, houve uma troca de tiros", informou o exército em comunicado. "Um agente das IDF morreu e outro agente foi levemente ferido". Eles também afirmaram que a operação “ não foi planejada para matar ou sequestrar terroristas, mas para fortalecer a segurança israelense”.
O Ministério da Saúde palestino disse que ao menos cinco dos sete mortos eram militantes do Hamas.
Tentativa de acabar com os confrontos
O confronto ocorre uma semana após o governo do premiê Binyamin Netanyahu autorizar que uma ajuda de US$ 15 milhões (R$ 56 milhões) do Catar fosse entregue ao comando da faixa de Gaza.
Isso fez o Hamas diminuir a intensidade dos protestos que lidera nas sextas-feiras na fronteira com Israel. Realizadas semanalmente, as manifestações costumam terminar com confrontos.
Segundo a agência de notícias AFP, desde março 227 palestinos foram mortos por tiros disparados por soldados israelenses, a maior parte deles exatamente durante os confrontos nos protestos de sexta. No mesmo período, dois soldados israelenses morreram, incluindo o deste domingo, que não teve o nome revelado.
Na manhã de domingo, Netanyahu tinha defendido a autorização para a entrega do dinheiro, que foi alvo de crítica de membros do seu gabinete. "Não vou retroceder ante uma guerra necessária, mas quero evitá-la se não for indispensável", disse ele no sábado (10).
Após o confronto deste domingo, porém, o premiê decidiu antecipar seu retorno ao país ele estava em Paris para as comemorações do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.
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