Estima-se que 616 palestinos tenham sido mortos no conflito entre facções rivais desde que o Hamas derrotou a Fatah nas eleições de janeiro de 2006, afirmou na quarta-feira um importante grupo palestino de defesa dos direitos humanos.

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Nesta semana, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, da Fatah, havia dito que os palestinos encontravam-se à beira de uma guerra civil e que o perigo representado pelo conflito entre facções equivalia ao que algumas vezes excedia o "perigo da ocupação" realizada por Israel.

Em seu relatório anual, a Comissão Palestina Independente para os Direitos Civis afirmou que 345 palestinos tinham sido mortos nos conflitos internos de 2006.

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Nos primeiros cinco meses de 2007, outros 271 perderam suas vidas nesse tipo de violência, disse a comissão.

Segundo uma contagem realizada pela Reuters, desde janeiro de 2006, as forças israelenses mataram 659 palestinos.

O embate entre a Fatah e o movimento islâmico Hamas, que comanda atualmente o governo palestino, iniciou-se no ano passado e continuou ao longo de 2007, apesar da formação de um governo de unidade nacional em março.

O grosso do conflito ocorreu na Faixa de Gaza, base do Hamas. Israel retirou-se dessa região em 2005.

No mês passado, cerca de 50 palestinos foram mortos em conflitos entre facções rivais. Apesar de um recente acordo de cessar-fogo, a Guarda Presidencial, de Abbas, acusou na terça-feira combatentes do Hamas de realizar um ataque no começo da manhã contra uma base da Fatah perto da passagem de fronteira de Karni, na Faixa de Gaza.

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"O relatório é bastante trágico", disse Mamdouh al-Aker, comissário dos direitos humanos do grupo.

Cópias do relatório da Comissão Palestina Independente para os Direitos Civis foram enviadas para Abbas, que formou um comitê encarregado de avaliar esses dados.

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