Os últimos conflitos da onda de violência na Síria deixaram 46 mortos entre ontem e hoje, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização não-governamental (ONG) com sede em Londres.
O exército sírio sofreu pesadas perdas em duas províncias do nordeste, na fronteira com a Turquia, onde rebeldes intensificaram suas atividades nas últimas semanas. Pelo menos 20 soldados foram mortos durante combates com oposicionistas na província de Latakia, afirmou a ONG.
Cinco rebeldes também morreram nos confrontos, que tiveram início na terça-feira à noite e prosseguiram na madrugada desta quarta-feira numa região conhecida como "montanha curda".
Na província de Idlib, a explosão de um carro-bomba matou cinco soldados de um posto de segurança, relatou Rami Abdel Rahman, chefe da ONG. Em Hama, morreram três soldados e um casal de civis. Na capital, Damasco, um médico militar foi morto por uma bomba implantada em seu carro.
Diante do número de mortos desde o início do levante popular contra o presidente Bashar Assad em março do ano passado, que a ONG afirma já ultrapassar 14,4 mil, o líder da missão da ONU na Síria, o major-general Robert Mood, disse hoje ao Conselho de Segurança que os quase 300 observadores desarmados da entidade estão "moralmente obrigados" a permanecer no país.
"Não vamos para lugar nenhum", afirmou Mood a repórteres após uma reunião fechada.
Mood disse também que a decisão anunciada sábado de suspender as operações da missão até que as condições de segurança melhorem não significa um "abandono" da Síria. Segundo o militar, veículos dos observadores foram atingidos dez vezes por "fogo direto" e centenas de vezes por "fogo indireto". Apenas nos últimos oito dias, nove veículos da ONU foram atingidos, afirmou.
Já o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) disse nesta quarta que está tentando retirar cidadãos em e ao redor de Homs em meio aos conflitos que ocorrem na cidade central da Síria. As informações são da Dow Jones.
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