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Aviação

Conflitos sangrentos ameaçam voos comerciais em várias áreas do planeta

Passageiros passam por sinal no aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, indicando um abrigo antibombas: na última quinta-feira, os EUA suspenderam a proibição de voos com destino a Israel | Baz Ratner/Reuters
Passageiros passam por sinal no aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, indicando um abrigo antibombas: na última quinta-feira, os EUA suspenderam a proibição de voos com destino a Israel (Foto: Baz Ratner/Reuters)

Milícias armadas com bazucas lutam na Líbia pelo controle do principal aeroporto do país.

Na África, a região de Sahel está repleta de armas, incluindo restos do sistema de defesa aérea do ex-ditador Muamar Kadafi.

Há uma guerra civil em curso na Síria, em que milhares de soldados desertaram e montaram novos batalhões capazes de derrubar jatos e helicópteros militares.

No Iraque, a dissidência da Al-Qaeda, que já conquistou grandes parcelas do território e tem tomado posse de armas nas regiões que conquista.

O mundo está repleto de zonas de perigo, do oeste da África até a Ásia Central. Uma vasta região onde aviões comerciais podem estar em risco.

Apesar de especialistas em contraterrorismo afirmarem que o céu é seguro, a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines recentemente, no leste da Ucrânia, mostra que há perigo em qualquer voo sobre áreas de instabilidade política onde armas sofisticadas estejam disponíveis aos militantes.

Esses riscos foram respaldados pela agência nacional de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), que proibiu companhias americanas de voar para o aeroporto de Tel Aviv, em Israel, por pelo menos 24 horas após a explosão de um foguete do Hamas próximo ao local.

A FAA também proibiu voos para a Líbia, o norte da Etiópia, Somália, Coreia do Norte, Iraque e a região do leste da Ucrânia.

Entre os países alvos das restrições da FAA, aqueles que têm a probabilidade de ter armamentos semelhantes ao que derrubou o voo MH17 estão a Coreia do Norte, Israel e Etiópia. Mas nesses países o Exército controla o arsenal, o que, no mínimo, reduz o risco de um disparo acidental.

Suspeitas

Em outra lista da FAA que enumera países que apresentam risco a aviões americanos, estão incluídos Mali, Congo, Quênia, Iêmen, a península do Sinai, no Egito, Síria, Irã e Afeganistão.

Entre essas regiões, explica Pike, apenas o Irã, o Egito e a Síria possuem equipamentos antiaéreos sofisticados.

Existem suspeitas sobre a possibilidade de a Líbia também ter acesso a esse tipo de armamento.

Um programa norte-americano de US$ 40 milhões para a recompra desses mísseis, após a queda de Kadafi, ajudou a recuperar apenas 5 mil das 20 mil armas desse tipo que a Líbia possuía.

Especialistas temem que radicais nigerianos consigam mísseis

Um relatório divulgado em março por especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que lançadores Manpad da Líbia foram vendidos para militantes em quatro zonas de conflito, incluindo Chade e Mali. Um Manpad usado para derrubar um helicóptero militar na península do Sinai neste ano veio da Líbia, segundo o relatório.

Armas da Líbia também foram encontradas na Somália, na República Centro-Africana e em partes da Nigéria onde operam militantes do grupo extremista Boko Haram.

O Exército nigeriano não tem conseguido proteger seus armamentos e munições e o Boko Haram ataca regularmente instalações militares. No entanto, a Nigéria não consta em nenhuma das listas de restrição da FAA.

Especialistas também temem que o grupo extremista nigeriano tenha conseguido comprar versões antigas dos mísseis russos SA-7.

Esse armamento pode atingir aeronaves voando a baixas altitudes com um alcance de cerca de quatro quilômetros.

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